A representatividade feminina no futebol brasileiro ganha um novo capítulo com Roberta Fernandes. Primeira mulher a ocupar o cargo de CEO do Futebol Brasileiro e hoje diretora jurídica do Fluminense, ela é uma das protagonistas do documentário De Virada – Bastidores e desafios do futebol, que estreia em 7 de outubro na HBO Max. Logo, Roberta “contou ao Campo Delas, do Portal iG”, como encara a responsabilidade de ser referência em um ambiente ainda dominado por homens.
“Eu nunca tinha entendido direito o peso de ser a primeira mulher nesse cargo. O documentário me trouxe essa percepção de que eu tenho um papel de transformação muito grande. Eu não quero ser a única, eu quero ser uma de muitas”, afirmou a advogada, que foi CEO do Tricolor Carioca no período de 2014 a 2017
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Desafios e conquistas
Para a dirigente, ocupar espaços de liderança é mais do que uma conquista pessoal: é a chance de abrir portas para que outras mulheres também possam chegar. “A gente sabe como é fácil ser desacreditada pelo fato de ser mulher. Mas todas as dificuldades que eu passei me fizeram mais forte, uma líder melhor, uma profissional melhor. Quero que a minha trajetória sirva de inspiração”, disse.
Roberta também destacou que, ao longo da carreira, nunca precisou abrir mão da própria essência para ser respeitada. “Sempre mantive quem eu sou. Nunca precisei mudar meu jeito, minha feminilidade ou meus valores para conquistar espaço. Acredito na competência, no esforço e no trabalho. Isso, sim, é transformador”, afirmou.
Recado para as futuras líderes
Assim, com uma trajetória marcada por desafios, ela reforça que autenticidade e preparo caminham juntos. “Quando a gente é fiel aos nossos valores e princípios, ninguém para a gente. É isso que me fez chegar tão longe”, completou.
Por fim, Roberta deixou uma mensagem para as mulheres que sonham em liderar no futebol. “Você tem que dar o primeiro passo e acreditar que é possível. Estou aqui para mostrar que dá para conquistar. E, se eu puder trazer outras pessoas junto comigo, vai ter valido a pena.”
O documentário ainda traz nomes como Milene Domingues, Edna Alves e Tamires Dias, reunindo histórias de mulheres que transformaram o futebol dentro e fora de campo, e mostrando que a mudança, apesar de lenta, é irreversível.