Cruzeiro Feminino e Atlético-MG Feminino fizeram um jogo “com cara de clássico”, ontem (04/10), na Arena Gregorão, em Contagem. O placar foi apertado: 4 a 3 para as Cabulosas. A partida, válida pela terceira rodada do Campeonato Mineiro Feminino, contou com ingredientes que ressaltam o tamanho das rivalidade entre os maiores clubes do estado.
Por exemplo, antes do encerramento do clássico, jogadoras dos dois times se desentenderam dentro de campo. A reportagem do Campo Delas, do iG, registrou o momento em vídeo:
Byanca Brasil provoca
Outro instante polêmico da partida aconteceu na comemoração do segundo gol da equipe cruzeirense, o da virada. Byanca Brasil fez gestos jogando milho no gramado, fazendo alusão, de forma pejorativa, ao Galo, mascote do time adversário.
Após a partida, a atacante simulou imitar uma galinha e recebeu cartão amarelo por reclamação. Em entrevista à TV Cruzeiro, ela reclamou:
“Acaba o jogo, faço a comemoração com minha torcida e ela me dá amarelo. O mais importante é que ganhamos os três pontos, ganhamos do Atlético, e o maior de Minas continua sendo o Cruzeiro”.
Foto: Gustavo Martins/ Cruzeiro
Exclusiva ao Campo Delas
Já em entrevista exclusiva ao Campo Delas, ainda no gramado, a jogadora destacou que este tipo de provocação é algo normal dentro do futebol:
Ver essa foto no Instagram
“Faz parte do futebol, do mesmo jeito quando a “Hingredão” (referência à zagueira Hingredy, do Atlético), fez o gol e também provocou. Acho que os dois lados se provocam, mas o respeito fora do campo é normal. Aqui dentro eu vou defender o meu sempre e o Cruzeiro é isso. Aqui é o maior de Minas, eu sempre vou representar muito bem a camisa do Cruzeiro. Lá dentro rola as provocações, mas fora de campo é o máximo respeito”.
Jogadora do Atlético rebate
Autora do terceiro gol das Vingadoras na partida, Hingredy comemorou com os dedos médios erguidos. O gesto representa a união de algumas torcidas organizadas do país, entre elas a Galoucura, do Atlético, rival da Máfia Azul, do Cruzeiro.
Ao ser informada pela reportagem do Campo Delas, na saída do estádio, sobre a declaração de Byanca Brasil, a zagueira do Galo rebateu a atacante rival:
“Eu acho que cada um tem a sua forma de comemoração, né? Mas, em momento algum eu faltei com respeito à outra instituição, nem com a torcida. Mas, se ela acha que isso é coisa do futebol, eu acho que ela tem que repensar um pouco. Aí ela acaba desrespeitando o adversário”.
Sobre o clima “quente” na partida, a capitã do Atlético responsabilizou principalmente a arbitragem, comandada por Andreza Helena de Siqueira, a dona do apito na Arena Gregorão:
“Eu acho que quando o árbitro não consegue ter o controle do jogo, começa a apitar só para um lado, aí os nervos vão ficando à flor da pele, né? A arbitragem em si, não só em Minas Gerais, mas a nacional, tem que que começar a ter mais um pulso forte para os dois lados. Aí um time começa a fazer cera e a gente já começa a ficar com os ânimos mais aflorados. Eu acho que a arbitragem pode intervir nisso e evitar essas coisas, sabe?”