O ano de 2025 é de extremos para o São Paulo Feminino. A equipe conquistou o título inédito da Supercopa, fez campanhas competitivas em torneios nacionais e sofreu eliminações que expuseram fragilidades. O Tricolor tem chance de título no Paulista, mas, pra isso, ainda luta pra chegar à próxima fase. Por conta disso, o Campo Delas, do Portal iG, traz uma análise do time por competição e o que o clube pode aprender para 2026.
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Supercopa Feminina: o título que abriu o ano com confiança
O São Paulo iniciou 2025 com o pé direito ao conquistar a Supercopa Feminina. O time venceu o Corinthians nos pênaltis e levantou um troféu inédito, resultado que deu força e prestígio ao projeto do futebol feminino do clube.
A campanha teve atuações sólidas e uma final decidida apenas nas penalidades, provando que o elenco responde bem em jogos eliminatórios. A lição agora é clara: transformar essa capacidade de decisão em regularidade nas competições longas.
Paulistão Feminino: irregularidade e busca pela classificação
No estadual, o São Paulo alternou bons e maus momentos. A equipe aparece na 5ª posição, com 17 pontos, e ainda luta por vaga no G4. Mesmo com altos placares, como a goleada por 6 a 0 sobre o Taubaté, o time depende de um tropeço do Red Bull Bragantino para seguir vivo.
O Paulistão revelou problemas de constância e gestão de elenco. O desafio para 2026 será manter o rendimento diante de adversários menores e aprimorar o rodízio do elenco para suportar o calendário cheio.

Brasileirão Feminino (Série A1): força competitiva, mas queda nas semifinais
No Campeonato Brasileiro, o São Paulo mostrou competitividade e chegou até as semifinais. No entanto, acabou eliminado pelo Corinthians por 4 a 2 no agregado. Apesar da queda, o desempenho demonstrou evolução técnica e tática.
O Brasileirão reforçou que o Tricolor tem futebol para enfrentar as potências nacionais, mas precisa de um elenco mais profundo para sustentar o ritmo intenso da temporada. Planejamento físico e variação tática serão cruciais para 2026.

Copa do Brasil: goleada dura e lições defensivas
Na Copa do Brasil, o São Paulo parou nas semifinais após a goleada por 4 a 0 sofrida diante do Palmeiras. O revés expôs falhas defensivas e falta de eficiência ofensiva.
O jogo mostrou a importância de reforçar o sistema de marcação e a concentração em momentos decisivos. Em mata-mata, cada erro pesa — e o clube deve ajustar a preparação emocional e estratégica para os próximos torneios.
Copa Libertadores Feminina: queda nas quartas e desafios internacionais
Na Libertadores, o São Paulo foi eliminado pelo Deportivo Cali nas quartas de final, ao perder por 2 a 0. A derrota interrompeu uma campanha sólida e evidenciou as dificuldades para enfrentar estilos de jogo diferentes fora do país.
O torneio ressaltou a necessidade de ampliar o scouting internacional e preparar melhor a equipe para condições logísticas e táticas específicas das competições sul-americanas.

Análise do elenco e desempenho geral
Sob o comando de Thiago Viana, o São Paulo apresentou evolução em vários aspectos. Destaques como Duda Serrana, Aline Milene, Isa e Crivelari foram fundamentais para manter o time competitivo. Ainda assim, a falta de regularidade e as oscilações ao longo do ano impediram voos mais altos.
Até o momento, o Tricolor disputou 41 jogos, com 21 vitórias, 9 empates e 11 derrotas, alcançando um aproveitamento de aproximadamente 51%. Apesar das quedas, o elenco mostrou união, intensidade e potencial para seguir crescendo em 2026.
O que fica para o futuro
O São Paulo segue para a reta final de 2025 com um balanço misto: conquistas importantes, aprendizado em derrotas duras e sinais de amadurecimento. O desafio para o próximo ano será transformar a força emocional do grupo em estabilidade dentro de campo. A base está consolidada — falta agora consistência.
