A técnica Pia Sundhage, ex-treinadora do Brasil, deixou o comando da Seleção Suíça Feminina de forma inesperada. A Federação Suíça de Futebol (SFV) decidiu encerrar o contrato de maneira imediata, mesmo com o acordo previsto para terminar apenas no próximo mês. A decisão surpreendeu a treinadora, que estava à frente do time desde 2024.
Desde sua chegada, Pia assumiu a seleção em um momento de reconstrução. Sob sua liderança, a equipe alcançou as quartas de final da Euro Feminina de 2025, disputada em casa. Dessa forma, o time apresentou um dos desempenhos mais consistentes da história recente do Futebol Feminino no país.
Além disso, a sueca trouxe uma nova mentalidade tática e fortaleceu o grupo com foco em disciplina, posse de bola e intensidade. Assim, conquistou o respeito da torcida e o reconhecimento internacional.
Declaração de Pia Sundhage
Em nota divulgada pela Federação Pia lamentou a decisão. Ainda assim, ela destacou o orgulho de ter comandado a equipe e agradeceu pela experiência vivida na Suíça.
“Foi um grande prazer e uma honra acompanhar esta seleção suíça nos últimos dois anos. Como equipe, aprendemos muito, crescemos juntas e escrevemos um capítulo inesquecível na história do Futebol Feminino suíço com a Eurocopa em casa. Eu adoraria continuar essa jornada. Fiquei surpresa com a decisão da Federação Suíça, mas respeito a escolha. Desejo à equipe e ao futebol suíço tudo de melhor — e que a paixão que sentimos neste verão continue.”
Com isso, Pia encerra um ciclo de trabalho intenso, mas também de evolução e amadurecimento coletivo.
Motivos da decisão
A Federação Suíça de Futebol explicou que a saída da técnica faz parte de um novo plano de reformulação e desenvolvimento para o ciclo 2026–2030. O projeto busca fortalecer a base, aproveitar jovens talentos e criar uma filosofia de jogo moderna.
Além disso, o ex-zagueiro Johan Djourou, atual diretor técnico do Futebol Feminino, e Marion Daube, diretora do setor, vão liderar essa nova etapa. O objetivo, segundo a Federação, é dar continuidade ao crescimento e preparar a Suíça para competir em alto nível no cenário europeu.
Por outro lado, a decisão também demonstra o desejo da entidade de adotar uma gestão mais voltada ao futuro, priorizando o trabalho de longo prazo.
O legado de Pia Sundhage
A carreira de Pia Sundhage é uma das mais vitoriosas do Futebol Feminino mundial. Como jogadora, ela conquistou o primeiro torneio feminino da UEFA com a Suécia, em 1984. Já como treinadora, levou a seleção dos Estados Unidos a dois ouros olímpicos (2008 e 2012) e a um vice-campeonato mundial em 2011.
Posteriormente, comandou a Suécia e conquistou a medalha de prata nas Olimpíadas de 2016. Depois, assumiu o Brasil Feminino, onde trabalhou para modernizar o estilo de jogo, apostar nas categorias de base e promover maior competitividade.
Assim, Pia consolidou seu nome como uma das técnicas mais respeitadas do planeta. Seu método, baseado em motivação e clareza tática, influenciou diversas gerações.
O futuro da Suíça Feminina
Agora, a seleção suíça inicia uma nova fase. A equipe busca uma treinadora capaz de manter o padrão de desempenho e, ao mesmo tempo, dar continuidade à evolução que começou sob o comando de Pia.
Dessa forma, a saída da sueca encerra um ciclo importante, mas também abre espaço para novos caminhos. O legado deixado por ela inclui profissionalismo, experiência e evolução tática, fatores que fortalecem o Futebol Feminino suíço.
Em suma, Pia Sundhage pode ter se despedido da Suíça, mas seu impacto permanecerá por muito tempo — dentro e fora de campo.
