A goleira do Colo-Colo, time chileno que venceu o São Paulo Feminino na segunda rodada da Libertadores Feminina, tem outra profissão: é modelo e influenciadora.
A trajetória de Ryann Torrero
Ryann Torrero, de 34 anos, nasceu na Califórnia, nos Estados Unidos, mas ficou elegível para jogar no Chile por causa de sua mãe, que emigrou de Santiago quando a goleira ainda era criança. Atualmente, a arqueira defende o Colo-Colo e a Seleção Chilena de Futebol Feminino.
Com destaque nas redes sociais, Torrero tem 111 mil seguidores no Instagram, o que a tornou uma das mais conhecidas do elenco do Colo-Colo.
Apesar de existirem registros da arqueira jogando durante o Ensino Médio nos Estados Unidos, oficialmente, Torrero começou a jogar em 2018, pelo Chicago Red Stars.
Reprodução/X @ryanntorrero
Em 2019, passou a atuar pelo time chileno Santiago Morning, onde ficou até 2021. Em 2022, ficou afastada do futebol profissional, segundo o portal Guioteca.
No ano seguinte, Torrero chegou ao Colo Colo. e já assumiu a titularidade. Desde a sua transferência, ela tem sido titular absoluta do time.
Suas atuações pelo Colo Colo a levaram para a Seleção Chilena, onde ela tem aparições, mas perdeu a titularidade na virada para 2025. Em 2024, Torrero atuou em 6 das 9 partidas do Chile. Todavia, em 2025, a arqueira jogou apenas uma vez, em derrota para o Haiti por 1×0.
Reprodução/ryantorrero.com
Dentre os torneios disputados pela a arqueira com a Seleção Chilena de Futebol Feminino destacam-se a Copa do Mundo Feminina 2019 e a Copa América 2025.
Trabalho como modelo
Paralelamente com a trajetória esportiva, Torrero também trabalha como modelo e possui 10 anos de experiência no mercado. A jogadora é representada por ao menos 3 agências na América do Norte e América do Sul, com trabalhos em Los Angeles, Portland, San Diego e Santiago.
A goleira também tem parcerias com fornecedoras de materiais esportivos e faz publicidades no Instagram, rede social onde a atleta também posta rotina de treinos, jogos e vida fora dos holofotes do esporte, com fotos em restaurantes e viagens.
Dificuldades encontradas no percurso
Em declaração para o portal chileno Redgol, Torrero discorreu sobre os desafios encontrados durante o início no esporte, bem como na mescla entre a carreira de atleta e modelo.
“Era difícil colocar a carreira de modelo em segundo plano, mas fiz isso por paixão e amor pelo esporte. Eu tinha quatro meses para garantir uma vaga e pensei que, na pior das hipóteses, poderia voltar ao trabalho de modelo depois”, declarou Torrero.
Na mesma declaração, a arqueira refletiu sobre as adversidades de ser modelo e jogadora em um vestiário de Futebol Feminino.
“Sofri muito por causa disso. Senti vergonha de ser eu mesma, de ser feminina no mundo do futebol por tantos anos. Sempre fui julgada por ser feminina, por gostar de maquiagem, por ser modelo e por gostar de moda”, disse.
Porém, mesmo passando por problemas durante a carreira esportiva, Torrero afirma sentir orgulho por fazer parte da geração que está mudando o patamar do Futebol Feminino.
“Não acho que as pessoas tenham más intenções, mas não sabem o quanto as palavras podem magoar, mesmo que seja uma piada. O futebol sempre foi um esporte masculino, e tenho orgulho de fazer parte da geração que está mudando esse paradigma”, concluiu.