A história do futebol feminino brasileiro guarda momentos curiosos e emocionantes. Entre eles, a presença de irmãs que dividiram o mesmo uniforme. No São Paulo Feminino, esse enredo ganhou novo capítulo em 2025, mas já vinha de outras temporadas — e não é exclusividade do Tricolor.
As gêmeas Calazans no São Paulo
No dia 13 de agosto de 2025, o São Paulo viveu um momento especial. As gêmeas Luíza e Duda Calazans entraram em campo juntas pela primeira vez em um jogo profissional, no duelo contra a Ferroviária pelo Campeonato Paulista. Para Duda, foi a estreia no time principal; para Luíza, a grande oportunidade de atuar ao lado da irmã.
“Foi um sentimento único”, disseram após a partida, resumindo a emoção que marcou a data.
Locatelli: o elo de 2019
Antes das Calazans, o São Paulo já havia contado com outra dupla de irmãs: Chaiane e Natane Locatelli. As gêmeas gaúchas integraram o elenco campeão da Série A2 em 2019, marcando presença na campanha que recolocou o Tricolor na elite. Natane, lateral, foi titular na final, enquanto Chaiane completava o plantel — um registro histórico de irmandade no clube.
Chaiane e Natane também defenderam o Santos, onde ficaram conhecidas como as “Gêmeas da Vila”. Foram campeãs do Brasileirão em 2017 e do Paulista em 2018, reforçando a tradição da família Locatelli no futebol.
Irmãs Bender: do Iranduba ao Galo
As gêmeas Káren (zagueira) e Kélen (atacante) Bender também têm longa trajetória juntas. Foram companheiras no Iranduba, equipe que chegou a disputar a elite em 2016, depois no Botafogo, onde ajudaram a levar o time à final do Carioca em 2021 e, em 2025 elas foram anunciadas em conjunto pelo Atlético-MG Feminino, reforçando o elenco mineiro.
Tradição que atravessa gerações
Sendo assim, de Calazans a Bender, os exemplos mostram como o futebol feminino brasileiro também é feito de histórias de família. Jogar ao lado da irmã transforma cada partida em algo maior: um elo afetivo que vai além das quatro linhas e se torna memória inesquecível para atletas, torcedores e clubes.