Araraquara, conhecida como a capital do Futebol Feminino, comemora 208 anos em 22 de agosto de 2025. A cidade, apelidada de Morada do Sol, ganhou destaque nacional e internacional com a equipe da Ferroviária Feminino, que representa o município desde 2001. As Guerreiras Grenás mantêm uma forte ligação com a população araraquarense e ajudam a projetar o nome da cidade pelo mundo.
Como nasceu
O time de futebol feminino da Ferroviária surgiu em 2001, a partir de uma parceria entre a Prefeitura de Araraquara e o extinto Hipermercado Extra. O então prefeito Edinho Silva apoiou a iniciativa e liderou a criação do projeto. Desde a estreia, a equipe se manteve competitiva e disputou títulos em todas as fases. Conquistou os primeiros campeonatos estaduais em 2002 e 2004, alcançou o tricampeonato em 2005 e o tetracampeonato paulista em 2013, já com a Ferroviária oficialmente integrada ao projeto.
Conquistas históricas
Desde então, a equipe não parou de conquistar títulos. Em 2014, dobradinha nacional: Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro. No ano seguinte, veio a consolidação internacional. Mesmo em meio a dificuldades, devido a CBF ter instaurado a Seleção permanente e levado várias jogadoras afeanas, a equipe conquistou a Libertadores da América. Em 2019, em meio a chegada dos times de camisa na modalidade, as Guerreiras conquistaram o Bicampeonato Brasileiro e dois anos mais tarde, o segundo título sulamericano.
Referência na base
Além do pioneirismo na modalidade, a Ferroviária também é referência nas categorias de formação. Empilhando títulos, convocações para a Seleção do sub-15 ao sub-20 e utilização das atletas na equipe profissional, são fatores que colocam o clube como um dos projetos mais sólidos do futebol brasileiro. No título Brasileiro de 2019, 40% do elenco afeano era formado em casa.
Torcida apaixonada
Por fim e não menos importante, Araraquara é uma cidade que abraça e apoia o futebol feminino. Desde sua criação, a torcida da Ferroviária comparece e torce pelo time tanto, e as vezes até mais, quanto o masculino. Em anos que o futebol dos homens ficou devendo, e não foram poucos, as Guerreiras Grenás foram um alento para o sofrido coração grená.
Hoje, a realidade das duas modalidades se une quase que em uma só. O futebol masculino vive uma simbiose poucas vezes vistas com o torcedor, já que faz uma campanha muito digna até agora na Série B, após 30 anos de ausência. E o futebol feminino, claro, segue dando orgulho e competindo com grandes camisas e maiores investimentos do nosso futebol brasileiro.