Um projeto de Futebol Feminino foi alvo de vândalos em Campinas, no interior paulista. Em uma publicação nas redes sociais, a presidente da escolinha, Letícia Souza, mostrou o resultado da invasão dos bandidos nas instalações do centro de treinamento.
De acordo com ela, não foi a primeira vez que o local foi depredado. “Estamos aqui no nosso CT, onde a gente treina já há 4 anos. Estamos fazendo as devidas manutenções. (Porque) Infelizmente, de uns tempos pra cá, o CT tem sofrido atos de vandalismo. Inclusive, ele está assim agora. Aqui pessoal, quebraram vazo. O vídeo está meio escuro, não sei se vocês estão enxergando. Se não estiverem é porque roubaram a luz. Levaram os chuveiros, que a gente ganhou de doação. Levaram as torneiras, caixa acoplada. Enfim, essa é a situação que se encontra o CT”, disse na publicação.
O local estava fechado nas últimas semanas, pois a equipe estava competindo fora da cidade. Nesse período sem treinos, os vândalos aproveitaram para entrar nas instalações. Eles, também, picharam os vestiários e furtaram material de treino das jovens. “Aqui também, quebraram a salinha. Levaram bolas, roubaram mais de 20 bolas nossas. A gente tem pouco material pra treino. Então, atualmente, a situação é essa. Roubaram toda nossa fiação. Nossos treinos são no período da noite. Então, no momento estamos sem treino. Aqui é um trabalho sério, que atende mais de 60 mulheres. Então, a gente pede ajuda a Secretaria de Esportes pra conseguir dar segurança para essas meninas”, completou.
Veja o vídeo
O projeto
A iniciativa existe desde 1995 e foi pioneira no incentivo à modalidade na cidade. O projeto atende meninas a partir de 10 anos. Além do futebol, ajuda crianças e adolescentes na formação educacional. No entanto, a escolinha já revelou diversas jogadoras para o futebol feminino profissional de clubes grandes do cenário nacional e até para a Seleção Brasileira.
Letícia, hoje presidente, começou no projeto aos 11 anos. Ela chegou a jogar profissionalmente e, graças a iniciativa, se formou em educação física. “Eu sou “cria” do projeto, hoje dedico uma parte da minha vida a isso. Pois através dele, tive a oportunidade de me tornar jogadora perofissional, e realizei minha graduação em educação física. Hoje sou presidente e professora do projeto, pois acredito que assim como a minha vida mudou.Podemos mudar a vida de mais meninas”, disse.
Segundo ela, nas primeiras ocorrências, os pais das alunos acionaram a polícia, mas o vandalismo continuou. Hoje, as meninas aguardam por uma proteção da Prefeitura de Campinas. De acordo com Letícia, a Secretaria de Esportes se prontificou a ajudar. “Juntamente com a Secretaria de Esportes e o vice-prefeito Wandão, vão nos dar todo o suporte. Já estão agilizando pra poder arrumar isso pra gente”, finalizou.
*Reportagem em atualização