A Copa do Mundo Feminina dará um passo histórico em 2031. A FIFA confirmou a ampliação do torneio para 48 seleções, repetindo o modelo adotado na versão masculina que estreia em 2026. A decisão, anunciada pelo Conselho da entidade em maio de 2025, torna a competição a maior já realizada no Futebol Feminino, com 12 grupos, 104 jogos e uma semana a mais de duração.
A mudança marca um novo capítulo na evolução da modalidade, refletindo o crescimento de audiência, visibilidade e investimento observado nas últimas edições da competição.
Formato igual ao dos homens e calendário ampliado
A estrutura do novo Mundial Feminino seguirá o mesmo formato da Copa do Mundo masculina de 2026: 48 seleções divididas em 12 grupos de quatro. Os dois primeiros colocados de cada grupo e os oito melhores terceiros avançam para uma fase de mata-mata com 32 equipes. A competição ganhará cerca de sete dias extras no calendário, somando mais partidas e ampliando o tempo de exposição da modalidade na mídia global.
A Copa do Mundo de 2023, vencida pela Espanha, já havia quebrado recordes de público e audiência, com mais 1,9 milhão de torcedores nos estádios e cerca de 2 bilhões de espectadores ao redor do mundo. O novo formato busca capitalizar esse crescimento.
Estados Unidos e México são favoritos para sediar
Embora a FIFA ainda não oficializado a sede da edição de 2031, os Estados Unidos já se posicionaram como principais candidatos. Além disso, o México se uniu a proposta como co-anfitriã. A candidatura segue o padrão de organização conjunta da Copa do Mundo masculina de 2026 (EUA, México e Canadá). A decisão final será tomada em abril de 2026, durante o Congresso da FIFA, em Vancouver.
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Clubes apostam nas redes sociais para engajar o Futebol Feminino
A expansão da Copa do Mundo é vista como uma estratégia para democratizar o acesso à elite do Futebol Feminino, oferecendo oportunidades a seleções emergentes. Ao mesmo tempo, especialistas alertam para o risco de desequilíbrio técnico em algumas partidas e para os desafios logísticos que federações menores enfrentarão, tanto em estrutura quanto em orçamento.
Esse tipo de crítica já surgiu com a ampliação da Copa do Mundo masculina, que em 2026, terá jogos em 16 cidades e exigirá adaptações no calendário dos clubes e das seleções.
Impacto direto no futebol feminino global e no Brasil
A decisão também impacta diretamente o futebol brasileiro. O país sediará a Copa do Mundo Feminina de 2027, com o formato ainda em 32 seleções. No entanto, a expectativa é que o torneio de 2031 inaugure um novo ciclo de profissionalização e investimentos nas seleções femininas ao redor do mundo, incluindo na América do Sul.
Mais vagas para confederações como a CONMEBOL, significam maior chance de países como Colômbia, Argentina, Chile e Paraguai se consolidarem no cenário internacional. Para o Brasil, que busca reconstrução técnica e institucional, a ampliação representa uma chance de ouro de projetar uma nova geração de talentos em um cenário ainda mais competitivo.