A Libertadores Feminina de 2025 começa em outubro e o São Paulo terá um desafio equilibrado logo na fase de grupos. Inserido no Grupo C, o Tricolor divide espaço com Colo-Colo (Chile), Olimpia (Paraguai) e San Lorenzo (Argentina). A estreia será no dia 3 de outubro, contra o San Lorenzo, no estádio Florencio Sola, às 20h. Antes, no mesmo local, Colo-Colo e Olimpia abrem a chave.
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Colo-Colo: potência chilena em busca de retomada
O Colo-Colo é o principal nome do futebol feminino chileno. Multicampeão nacional, já participou de diversas edições da Libertadores e carrega na bagagem o título de 2012, quando se tornou o primeiro clube chileno campeão continental. Em 2025, a equipe chega com a mesma característica que a consagrou: ataque poderoso e elenco acostumado a jogos decisivos.
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O Colo-Colo chega à Libertadores sob o comando da técnica brasileira Tatiele Silveira, que assumiu o clube em 2023 e rapidamente se consolidou como uma das referências do futebol feminino no Chile. Ela fez história ao se tornar a primeira mulher a conquistar o título nacional à frente da equipe e, desde então, já soma dois campeonatos chilenos consecutivos, com uma campanha invicta em 2024. Reconhecida pelo trabalho de organização tática e pela valorização da base, Tatiele tem levado ao Colo-Colo muito da escola brasileira, reforçando a competitividade da equipe em nível continental.
O desafio, no entanto, está em equilibrar o setor defensivo. Nas últimas temporadas, o time sofreu em jogos contra adversários mais fortes, especialmente fora de casa. Ainda assim, chega como favorito ao primeiro lugar do grupo, pela tradição e pela fase atual no campeonato chileno, em que lidera com sobras.
Olimpia, a força em crescimento no Paraguai
O Olimpia é o representante paraguaio do Grupo C e vive um momento de ascensão no futebol feminino local. Campeão nacional, o clube tem investido para se consolidar também no cenário internacional. O ponto forte é o setor ofensivo, que costuma balançar as redes com frequência e domina a maioria dos rivais domésticos. Para se ter noção, no campeonato paraguaio, o time terminou com um saldo de gols de 117. Sim! 126 gols feitos e apenas 9 gols sofridos.
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Por outro lado, a equipe costuma oscilar em jogos fora de Assunção. Contra adversários mais estruturados, a defesa apresenta fragilidades que podem ser exploradas. A campanha recente no campeonato paraguaio, porém, mostra consistência e coloca o Olimpia como candidato direto à vaga no mata-mata.
San Lorenzo, a tradição argentina em busca de afirmação
O San Lorenzo é um dos clubes mais tradicionais da Argentina no futebol feminino. Conquistou títulos nacionais importantes e tem acumulado participações em Libertadores, o que garante bagagem em competições de alto nível. Seu estilo de jogo é marcado pela técnica e pela posse de bola, característica que dificulta a vida dos adversários.
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Apesar disso, o time enfrenta problemas quando precisa se adaptar a cenários adversos, como viagens longas, gramados diferentes e jogos de alta intensidade física. Ainda assim, tem elenco competitivo e chega ao torneio com expectativa de surpreender.
São Paulo, o equilíbrio entre ambição e desafio
Para o São Paulo, a participação na Libertadores Feminina de 2025 é vista como um passo importante no projeto de fortalecimento da modalidade. O elenco chega com peças de qualidade, capaz de impor ritmo ofensivo e explorar a força coletiva em confrontos equilibrados. A preparação intensa no Paulistão Feminino e nos clássicos recentes serviu como laboratório para o torneio continental.
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O grande desafio do Tricolor será manter regularidade em jogos fora de casa e administrar o desgaste físico, já que a competição exige intensidade máxima em um curto espaço de tempo. Ainda assim, a estrutura oferecida pelo clube e a experiência adquirida em torneios nacionais credenciam a equipe a brigar diretamente por uma das vagas nas fases eliminatórias.
Confrontos equilibrados
O Grupo C promete ser um dos mais disputados da primeira fase. Colo-Colo desponta como favorito, mas Olimpia e San Lorenzo possuem tradição e qualidade para surpreender. Para o São Paulo, a missão é pontuar bem na estreia contra as argentinas e transformar a campanha em vitrine para mostrar a evolução do futebol feminino do clube. Lembrando que, o presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez, anunciou em Setembro que todos os jogos do campeonato terão o VAR auxiliando a arbitragem.