O Dia do Árbitro Esportivo, celebrado em 11 de setembro, é também uma oportunidade para refletir sobre o papel das árbitras mulheres no futebol. Ao longo dos anos, essas profissionais têm conquistado espaço, mas ainda enfrentam barreiras significativas dentro e fora de campo.
Árbitras em destaque
Entre os principais nomes está Edina Alves, que se tornou a primeira brasileira a apitar em Copas do Mundo masculinas e faz parte do quadro da CBF desde 2007. Mesmo com essa presença em jogos de alto nível, os desafios permanecem.
Outro grande nome é Daiane Muniz, que em 2025 foi a única árbitra principal brasileira escalada para a Copa América Feminina. Essa oportunidade internacional reforça o espaço das mulheres em torneios de elite.
Além delas, é essencial lembrar Sílvia Regina de Oliveira, pioneira que marcou a história ao ser a primeira mulher a apitar jogos da Série A do Campeonato Brasileiro. Hoje, ela contribui na formação de novas árbitras.
Entre as vozes em ascensão, estão Andreza Helena Siqueira, que já comandou finais masculinas em Minas Gerais e integra o quadro da FIFA, e Ana Karina Marques Valentim Alves, árbitra desde 2014 que concilia a carreira esportiva com a vida acadêmica.
Desafios enfrentados por árbitras mulheres no futebol
Preconceito e visibilidade – Árbitras ainda lidam com desconfiança e insultos de torcedores, jogadores e dirigentes. Esse cenário, no entanto, não impede que sigam em frente e lutem por respeito.
Critérios físicos – Desde 2007, a CBF exige que as árbitras que atuam na Série A atinjam os mesmos índices dos homens. Elas precisam cumprir tiros de velocidade e provas de resistência em alto nível, o que gera críticas por falta de igualdade estrutural na preparação.
Oportunidades de elite – Apesar de avanços, ainda são poucas as mulheres escaladas para finais de grandes torneios masculinos. Esse fator revela que a representatividade ainda precisa crescer.
Dupla jornada – Como a arbitragem não garante estabilidade financeira, muitas árbitras acumulam outras profissões para manter a carreira esportiva. Dessa forma, a dedicação é ainda maior.
Reconhecimento e futuro da arbitragem feminina
As árbitras mulheres no futebol seguem fazendo história, mesmo diante de obstáculos estruturais e culturais. Nomes como Edna Alves, Daiane Muniz e Sílvia Regina mostram que o apito não tem gênero.
Portanto, neste Dia do Árbitro Esportivo, o reconhecimento a essas mulheres é mais do que justo. É também um passo essencial para que a arbitragem no futebol brasileiro seja, de fato, igualitária.