O Cruzeiro Feminino derrotou o Atlético-MG Feminino por 4 a 3, no último sábado (04/10), na Arena Gregorão, em Contagem. O jogo aconteceu pela terceira rodada do Campeonato Mineiro Feminino. Porém, apesar do resultado favorável, o técnico das Cabulosas pediu desculpas à torcida pelo sufoco que a equipe passou no fim da partida:
“Tem derrotas que a gente sai orgulhoso do que a gente apresenta. E tem vitórias que a gente sai com gosto amargo. Eu acho que a volta do nosso segundo tempo é inadmissível para a grandeza, para o tamanho do Cruzeiro. Peço desculpas ao torcedor que nos apoiou no Gregorão lotado. E não jogamos aos pés do que já apresentamos aos olhos deles“, disse Jonas Urias em entrevista coletiva.
Resumo do clássico
O Atlético até fez 1 a 0 no primeiro tempo com Kelen. Porém, Cruzeiro logo empatou e abriu boa vantagem com dois gols de Letícia, um de Byanca Brasil e outro de Patrícia Sochor. Ou seja, as Cabulosas foram arrasadoras e venceram a etapa inicial da partida por 4 a 1.
NA HORA CERTA NO LUGAR CERTO! SOCHOR APROVEITA E MANDA PARA O FUNDO DO GOL!!! VAMOSSS!!! ⚽#CRUxCAM | 3×1 | #AsCabulosasNoMineiro pic.twitter.com/RLzkj7BlQR
— Cruzeiro Feminino 🦊 (@CruzeiroFem) October 4, 2025
Mas, no segundo tempo, as Vingadoras voltaram bem melhores. Com gols de Amália e Hingredy, o Galo reagiu e encostou no placar: 4 a 3.
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Para tornar o clássico ainda mais dramático, aos 18 minutos, Paloma Maciel recebeu o cartão vermelho, deixando as Cabulosas em desvantagem numérica em campo.
Assume a responsabilidade
Ainda assim, o time celeste conseguiu segurar a pressão atleticana. E manteve a vitória, apesar do sufoco. Por isso, Jonas Urias assumiu a responsabilidade pelo desequilíbrio da equipe:
“Acho que eu, junto com as atletas, mas principalmente eu sou o comandante, não posso deixar que algo assim aconteça. Óbvio que isso muitas vezes escapa do que a gente quer… O intervalo foi focado em correções táticas, mas assumo a responsabilidade de não ter conseguido colocá-las de volta com essa percepção de que a entrega deveria ser a mesma. Senão, o jogo poderia escapar pelas nossas mãos. Então, fico aliviado pela vitória“.
“Clássico é clássico”
Para o treinador, o fato do Cruzeiro ainda não ter enfrentado o Atlético neste ano, pode ter atrapalhado o envolvimento emocional das atletas. Em 2025, o Galo disputou a série A2 do Brasileirão Feminino:
“Clássico é clássico e não é à toa que esse jargão existe. Jogos com essa natureza, com essa energia, com esse ambiente… Então eu sinto que não ter disputado clássicos no ano, sim, fez diferença de a gente talvez ter entendido que era mais um jogo. Um 4 x 1 contra um outro adversário, até mesmo do Campeonato Brasileiro, onde você tem distância, você tem frieza, você faz as análises puramente táticas, não tem o envolvimento emocional, não tem história por trás, como em um clássico.