A Seleção Brasileira Feminina Sub-17 está na semifinal da Copa do Mundo. E enfrenta nesta quarta-feira (05), às 12h30 (de Brasília), a Coreia do Norte, atual campeã mundial da modalidade. A competição foi realizada em 2024. No geral, a equipe asiática soma quatros finais, levando o título em três delas.
Após vencer o Canadá nas penalidades, o Brasil tem a chance de chegar a uma final de Mundial, mas precisa passar pela grande potência, que é a Coreia.
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Focos e análise para a semifinal
A técnica brasileira Rilany Silva cedeu entrevista antes da partida para compartilhar como está sendo viver este momento com a equipe brasileira. Ela também destacou o cuidado com a recuperação física do grupo e explicou o foco tático do treinamento.
“Foram dias de trabalho para colocar todo mundo 100% de novo. O departamento do Núcleo de saúde e performance (NPS) elaborou estratégias para que elas tivessem uma boa recuperação e estivessem totalmente preparadas para hoje, em relação ao último jogo. Pela manhã, fizemos um treino mais estratégico, focado nas bolas paradas da Coreia, que considero um dos pontos mais fortes da equipe. Elas têm muitas variações. Queríamos que as atletas já visualizassem o que vão encontrar amanhã.”

A treinadora também destacou a força das próximas adversárias e a dificuldade de análise da equipe asiática.
“A Coreia é um adversário muito poderoso. Tricampeã do mundo, sempre chegando às semifinais. A história delas já mostra essa força. Fora da Copa do Mundo, não temos praticamente nada sobre elas. É difícil ter informações. Isso sempre faz com que elas saiam um passo à frente, porque tudo é muito reservado e ninguém tem acesso”, comentou Rilany.
“Dentro da competição, o jogo em que elas tiveram mais dificuldade foi contra Camarões. Saíram perdendo por 1 a 0 e só marcaram nos 15 minutos finais. O último gol foi no minuto final. Foi quando mais foram pressionadas, e talvez esse seja um caminho estratégico para nós amanhã.”
Evolução da Seleção Brasileira
Além da preparação física e das estratégias específicas para o duelo, a comandante destacou o amadurecimento do elenco brasileiro ao longo da Copa. Segundo ela, a formação de uma equipe competitiva com alto rendimento exige tempo, paciência e muita resiliência. E especialmente quando se trata de um grupo jovem que precisa lidar com oscilações naturais da idade e com a pressão de uma competição internacional.
“A construção para o alto rendimento, que é o que a seleção brasileira exige, não acontece do dia para a noite. E especialmente com jovens, que oscilam bastante. O mérito delas é ter construído algo sólido e consistente. Passaram por todos os cenários na competição, inclusive por placares adversos, e lutaram durante os jogos, se mostrando presentes e determinadas.”

Rilany comentou ainda sobre o crescimento pessoal e emocional do Brasil, afirmando que o caminho percorrido até aqui demonstra maturidade e confiança para encarar qualquer desafio pela frente. Mesmo que seja para cima da uma seleção tricampeã mundial.
“Essas meninas estão amadurecendo e se tornando mulheres. Hoje, é uma seleção muito consistente, sólida, segura e confiante, olhando para o futuro. E é para ele que queremos olhar. Qualquer adversário que vier agora terá muito respeito por essa equipe. E nós seguimos com os pés no chão, sabendo que respeitar alguém também é olhar nos olhos e ir buscar o nosso objetivo.”
