Desde que o Futebol Feminino foi liberado no Brasil, em 1983, a CBF só convocou a primeira Seleção Brasileira em 1988. Na época, o técnico João Souza Varella assumiu o comando e chamou as jogadoras que hoje são reconhecidas como as pioneiras da modalidade no país. Essas atletas formaram a base da equipe que disputou a primeira Copa do Mundo de Futebol Feminino, realizada na China, em 1991. Foram 14 treinadores, desde então, e apenas duas mulheres. O Campo Delas organizou uma lista com todos os nomes que ocuparam o cargo ao longo da história.
Edson Luís Antunes
Edson Luís Antunes esteve à frente da equipe e foi um dos responsáveis pela histórica conquista da primeira edição da Copa América Feminina, realizada no Paraná, em 1991. O título assegurou ao Brasil a primeira classificação para a Copa do Mundo Feminina da FIFA, que foi disputada no mesmo ano. A vitória foi um marco importante no desenvolvimento do futebol feminino no país, abrindo caminho para futuras gerações de atletas.
Fernando Pires
Fernando Pires atuou ao lado de Edson Luís Antunes na conquista da Copa América de 1991. Em seguida, assumiu o comando da Seleção na Copa do Mundo daquele mesmo ano, realizada na China. Nesse contexto, enfrentou o desafio de estruturar uma equipe em meio a um cenário com pouco apoio e ainda menos visibilidade.
Ademar Fonseca (“Dema”)
Mesmo em um cenário ainda pouco favorável, Ademar da Fonseca, o “Dema”, assumiu como o segundo técnico a comandar a Seleção em uma Copa do Mundo, em 1995, na Suécia. Ao dar visibilidade e organizar o time, ele contribuiu diretamente para consolidar a modalidade no cenário nacional. Seu trabalho marcou a fase inicial de afirmação da equipe brasileira no futebol internacional e continua sendo lembrado por isso.
José Duarte
Foi mais um treinador que comandou a equipe em uma Copa do Mundo e foi na de 1999, nos Estados Unidos. Nesta edição, o Brasil conquistou seu melhor resultado até então, um terceiro lugar. Além disso, José Duarte foi responsável por guiar um time que marcaria época com a camisa da seleção como Sissi, Pretinha e Formiga e foi fundamental para consolidar o país no cenário do futebol feminino.
Wilson de Oliveira (Wilsinho)
Wilson de Oliveira, o popular Wilsinho, assumiu o time em 2000 e foi comandante da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2003, também nos Estados Unidos. Chegou até às quartas-de-final e, durante sua gestão, o treinador foi responsável pela renovação da equipe e apresentou ao mundo novos talentos, que fizeram história na modalidade como a rainha Marta, Cristiane e Rosana.
Paulo Gonçalves
O treinador comandou a equipe nacional em um dos períodos de avanço e estrutura na modalidade. Paulo foi o técnico no Campeonato Sul-Americano de 2002 e ouro nos Pan-Americano do ano seguinte. Foi o responsável por convocar Marta pela primeira vez para uma Copa do Mundo.
René Simões
René Simões foi um dos técnicos mais marcantes da Seleção Brasileira Feminina, por ter sido o responsável pela primeira medalha olímpica da modalidade. Foi nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004, comandando a geração de Marta e Cristiane.
Luiz Antonio Ferreira
Luiz assumiu o comando da equipe após a saída de René Simões, porém, de vido a escassez de competições à época, o treinador não participou de nenhuma grande competição.
José Teixeira
Ele foi auxiliar técnico da Seleção Masculina e assumiu o comando da Feminina para o Torneio da Paz, na Coreia do Sul. José Teixeira contou com um elenco repleto de estrelas, como as já citadas acima, mas também a lateral-esquerda Tamires, que vinha surgindo para o mundo do futebol.
Kleiton Lima
Com polêmicas acumuladas em suas últimas passagens pelo Santos, o técnico Kleiton Lima assumiu a Seleção Brasileira em 2008 e permaneceu até 2011. Ele foi campeão da Copa América, medalha de prata no Pan-Americano e caiu nas quartas-de-final da Copa do Mundo da Alemanha, em 2011.
Jorge Barcellos
O técnico Jorge Barcellos teve duas passagens pela Seleção Brasileira Feminina, comandando o auge da rainha Marta e teve conquistas memoráveis como o título dos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro. Também foi vice-campeão do mundo do mesmo ano e dos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008. Sua segunda vez no cargo foi em 2012, nas Olímpiadas de Londres.
Oswaldo Alvarez (Vadão)
Também com duas passagens, Vadão colecionou conquistas com a Seleção Brasileira. Copa América de 2014, Pan-Americano de 2015 e também quarto lugar nas Olimpiadas do Rio de Janeiro, em 2016. Na sua segunda oportunidades, faturou outra Copa América, em 2018 e seu último torneio foi a Copa do Mundo de 2019, eliminado nas oitavas pela França.
Emily Lima
A treinador Emily Lima fez história por ser a primeira técnica mulher na história da Seleção Brasileira Feminina. Ela seria a responsável por fazer uma renovação no futebol feminino brasileiro, porém durou apenas 10 meses no cargo.
Pia Sundhage
Outra que quebrou paradigmas, por ser a primeira técnica estrangeira no comando das equipes principais da Seleção, seja masculina ou feminina. Com um currículo recheado de título, Pia foi responsável por trazer um estilo de jogo diferente para o grupo. Sob seu comando, o Brasil foi campeão da Copa América de 2022 e esteve à frente nos Jogos Olímpicos de 2021 e Copa do Mundo de 2023, com resultados aquém do esperado.
Arthur Elias
Fechando a lista, o atual técnico da Seleção Brasileira Feminina e que vem trazendo, além dos resultados, uma renovação necessária para o Brasil. Arthur Elias fez uma campanha histórica nas Olimpiadas de Paris, em 2024, ficando com a medalha de prata e campeão da Copa América de 2025. Seu próximo compromisso? A Copa do Mundo de 2027, que será realizada no Brasil.