O São Paulo está prestes a viver uma das semanas mais decisivas da temporada. Na próxima terça-feira (04/11), o Tricolor enfrenta o Palmeiras pela semifinal da Copa do Brasil Feminina. O mando de campo foi confirmado pela CBF para o Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas.
O ideal, porém, seria atuar no Morumbi ou em outro estádio da capital. No entanto, o clube precisou deslocar o mando por conta de shows agendados. A decisão gerou forte insatisfação entre torcedores, que agora terão de acompanhar a equipe longe e com acesso limitado.
Por que a mudança de mando aconteceu?
O calendário do São Paulo — masculino e feminino — mostra que o Morumbi está ocupado com uma série de eventos extrafutebolísticos, especialmente shows já marcados. Por isso, o time feminino foi obrigado a buscar uma alternativa.
A CBF confirmou oficialmente a semifinal em Campinas, com o São Paulo atuando como mandante.
Essa decisão, contudo, provocou protestos. Parte da torcida alega que a distância, os custos e a dificuldade de deslocamento reduzem o apoio nas arquibancadas e podem prejudicar o desempenho da equipe em um momento decisivo.

Condições do estádio preocupam
Outro ponto importante é a qualidade do local da partida. No último sábado, a Ponte Preta conquistou o título da Série C no mesmo estádio, e torcedores invadiram o gramado após o apito final.
Durante a comemoração, alguns arrancaram pedaços do campo, levaram as redes como lembrança e até danificaram materiais nos arredores. Agora, o clube campineiro e a organização correm contra o tempo para restaurar as instalações e garantir condições ideais para o confronto entre São Paulo e Palmeiras.
Retrospecto recente da equipe e da torcida
O São Paulo eliminou o Corinthians Feminino por 3 a 1 em 24 de setembro de 2025, garantindo a vaga na semifinal da Copa do Brasil.
Naquela fase, o clube disponibilizou entrada gratuita para os torcedores, o que mostra a sua aposta em mobilização de público.
Agora, o cenário é diferente. A torcida pode ficar reduzida pela distância do Moisés Lucarelli, o que impacta diretamente o ambiente e o estímulo às jogadoras.
Em março, na final da Supercopa Feminina teve o São Paulo derrotando o Corinthians nos pênaltis, com 9.031 torcedores presentes no Morumbi. Ainda é um número baixo, se comparado a outras partidas, porém, é importante ressaltar que, o time vem construindo uma boa conexão com o público e bons resultados, e sempre que necessário, é importante contar com a torcida presente para incentivar o time.
Um desafio além das quatro linhas
Em resumo, o São Paulo enfrenta um obstáculo adicional além do rival em campo. A mudança de mando para Campinas gera controvérsia, ameaça a mobilização da torcida e cria um desafio psicológico para o elenco.
A semifinal da Copa do Brasil Feminina deixa de ser apenas uma disputa técnica e se transforma também em uma batalha de ambiente.
Se as Soberanas conseguirem superar as adversidades, o capítulo será histórico. Caso contrário, a crítica da torcida — já vocal nas redes sociais — certamente ganhará força.
