O futebol brasileiro está inflacionado, este fato é evidente nas transações milionárias realizadas nas vendas de jogadoras, porém essas cifras não se refletem nos salários das atletas de Futebol Feminino no Brasil.
O investimento, a arrecadação e a valorização dos clubes brasileiros com o futebol feminino estão crescendo, e os salários das jogadoras também. Entretanto, em comparação com o masculino, o salário ainda está muito aquém.
O portal Campo Delas preparou para você uma linha do tempo que aponta os valores de transferências, arrecadações dos clubes e salários das jogadoras brasileiras dentro do Brasil e fora dele.

Transferências
O Brasil segue como um grande destaque no ranking de países com maiores vendas do futebol feminino mundial. De acordo com relatório de transferências da FIFA (Federação Internacional de Futebol), no ano de 2024, as vendas feitas por times brasileiros somaram 1,9 milhão de dólares.
Os valores das vendas realizadas em 2025 ainda não foram fechados, entretanto, o relatório da FIFA apontou que, na segunda janela de transferências, as vendas do futebol feminino do Brasil somam 80,5 mil dólares.
O maior destaque foi a venda de Amanda Gutierrez, do Palmeiras, para o Boston Legacy, por US$ 1,1 milhão (cerca de R$ 5,89 milhões). Até o momento, a maior venda do futebol feminino brasileiro.

Arrecadações dos clubes
Os valores que os clubes arrecadam são fundamentais para definir o investimento e a folha salarial da equipe. Os valores da arrecadação vêm de bilheteria, vendas de atletas, publicidade e premiações.
Vencedor do Brasileirão Feminino e da Copa Libertadores, o Corinthians liderou o ranking de clubes com maior arrecadação. A equipe paulista faturou cerca de 20 milhões de reais em 2025.
Confira os valores que os clubes arrecadaram com o Brasileirão Feminino:
- Corinthians: R$ 2,4 milhões
- Cruzeiro: R$ 1,8 milhão
- Palmeiras: R$ 600 mil
- São Paulo: R$ 600 mil
- Flamengo: R$ 480 mil
- Ferroviária: R$ 480 mil
- Bahia: R$ 480 mil
- Red Bull Bragantino: R$ 480 mil
- América-MG: R$ 360 mil
- Fluminense: R$ 360 mil
- Grêmio: R$ 360 mil
- Internacional: R$ 360 mil
- Real Brasília-DF: R$ 360 mil
- Juventude: R$ 360 mil
- 3B da Amazônia: R$ 360 mil
- Sport: R$ 360 mil

Jogadoras brasileiras fora do Brasil
Os Estados Unidos e a Europa são os principais centros mundiais do futebol feminino, com maiores arrecadações e investimentos. E isso se reflete diretamente em salários maiores.
De acordo com levantamento feito pelo MKT Esportivo:
- Marta – Orlando Pride: R$ 2,12 milhões por ano
- Ludmila – Atlético de Madrid: R$ 70 mil
- Angelina – Orlando Pride: R$ 40 mil
- Gabi Nunes – Aston Villa: R$ 35 mil

Jogadoras no Brasil
De acordo com levantamento feito pelo portal Campeonato Brasileiro, a média salarial das atletas que atuam no Brasileirão Feminino A1 é de 5 mil reais.
Entre as jogadoras que se destacam nos clubes ou tiveram convocações para a Seleção Brasileira de Futebol Feminino, o valor passa dos cinco dígitos e varia entre 15 e 45 mil reais.
Confira os maiores salários do Brasil:
- Amanda Gutierrez – Palmeiras: R$ 40 mil
- Duda Sampaio – Corinthians: R$ 35 mil
- Gabi Portilho – Corinthians: R$ 32 mil
- Lorena – Grêmio: R$ 30 mil

Jogadoras ao redor do mundo
Quando se trata do cenário mundial, as jogadoras de futebol feminino do Brasil não estão na lista das atletas com maiores salários.
De acordo com levantamento feito pelo Bola Vip, essas são as cinco jogadoras mais bem pagas do mundo:
- Aitana Bonmatí – Barcelona: 1 milhão de euros
- Alexia Putellas – Barcelona: 700 mil euros
- Sam Kerr – Chelsea: 538 mil euros
- Keira Walsh – Chelsea: 457 mil euros
- Lucy Bronze – Chelsea: 441 mil euros
