A goleira Mia Hamant, destaque do Futebol Feminino universitário nos Estados Unidos, faleceu aos 21 anos após enfrentar um câncer raro nos rins. A notícia gerou forte comoção na comunidade esportiva e reforçou seu legado de coragem, determinação e inspiração para atletas, torcedores e treinadores do Futebol Feminino.
Quem foi Mia Hamant
Mia era goleira titular da Universidade de Washington e se consolidou como uma das maiores promessas do Futebol Feminino norte-americano. Além disso, ela nasceu no Condado de Marin, na Califórnia, onde defendeu o Marin FC por cinco temporadas, conquistou títulos estaduais e recebeu o prêmio de MVP em seu último ano no ensino médio. Ao ingressar na universidade, Mia continuou evoluindo tecnicamente e, com o tempo, tornou-se uma referência defensiva dentro da equipe.
Em 2024, ela viveu a melhor fase da carreira. Ao disputar 17 jogos, sendo 15 como titular, registrou média de apenas 0,66 gols sofridos por partida. Esse desempenho, considerado um dos três melhores índices da história do programa, consolidou sua reputação como goleira de alto nível. Consequentemente, analistas e treinadores passaram a projetá-la como futura atleta da elite do Futebol Feminino dos Estados Unidos.
Por outro lado, seu destaque não vinha apenas das estatísticas. Mia chamava atenção pela leitura de jogo, pelas saídas seguras do gol e pela comunicação firme com a defesa. Dessa forma, seu nome passou a aparecer em listas de jovens promessas monitoradas por equipes profissionais.
Diagnóstico e luta contra o câncer
No entanto, em abril de 2025, Mia recebeu o diagnóstico de carcinoma medular renal SMARCB1-deficiente, um tipo de câncer raro e agressivo. Apesar disso, ela permaneceu próxima da equipe, acompanhando treinos e jogos sempre que sua saúde permitia. Além de lutar pela própria recuperação, Mia utilizou sua experiência para conscientizar o público sobre a doença, mostrando força emocional e compromisso com outras pessoas que enfrentavam a mesma batalha.
Repercussão e homenagens
A morte de Mia repercutiu de forma intensa na Universidade de Washington e em clubes ligados ao Futebol Feminino. Jogadoras, treinadores e torcedores destacaram sua energia positiva, sua alegria constante e sua capacidade de liderar com empatia. Por isso, diversas homenagens surgiram, incluindo campanhas solidárias em apoio à família.
A treinadora Nicole Van Dyke afirmou:
“Mia era o coração do nosso programa. Ela elevava todos ao redor com sua coragem e bondade. Sua influência permanecerá para sempre.”
Legado e inspiração
Ao olhar para sua trajetória, fica claro que Mia será lembrada não apenas pelo talento dentro dos gramados. Antes de tudo, ela será reconhecida pela força com que enfrentou um momento tão difícil. Sua história, por sua vez, ultrapassou fronteiras e emocionou o Futebol Feminino mundial. Por fim, ela deixa um legado que reforça a importância do apoio emocional, da pesquisa médica e da união entre atletas.
Sua memória seguirá inspirando jogadoras a atuarem com paixão, responsabilidade e coragem — dentro e fora do campo.