Em novembro de 2018, o Esporte Clube Bahia anunciou uma parceria com o clube Lusaca que marcou seu retorno ao cenário do Futebol Feminino. O acordo, que durou cerca de um ano, foi essencial para a consolidação de uma equipe feminina tricolor.
A parceria aconteceu pelo cumprimento de uma exigência do Profut — programa federal de refinanciamento de dívidas — que obriga os clubes a manterem uma equipe de futebol feminino em atividade.
As atletas eram oriundas do Lusaca, enquanto o Bahia ficou responsável por custear as despesas operacionais, fornecer uniformes de jogo e treino, além de ceder sua estrutura profissional, como os departamentos médico, fisioterápico e de registro, além do Centro de Treinamento Fazendão.
Durante a breve existência do Bahia-Lusaca, a equipe teve desempenho expressivo no cenário regional e nacional. Em 2018, ficou com o vice-campeonato do Baianão Feminino. No ano seguinte, avançou até as quartas de final do Campeonato Brasileiro Feminino Série A2.
Em agosto de 2019, o Bahia anunciou o fim da parceria e a criação de sua equipe própria de futebol feminino. À época, o então vice-presidente do clube, Vitor Ferraz, afirmou que a experiência adquirida foi fundamental para a nova fase:
“A gente entende que tem maturidade suficiente para tocar o projeto de maneira autônoma, dando melhores condições de trabalho para as meninas. Já vamos disputar o Baiano na categoria. Começa em outubro. Vamos disputar de forma autônoma.”
A estreia da equipe própria aconteceu em outubro de 2019, com a conquista imediata do título baiano. Desde então, as Mulheres de Aço vêm dominando a competição, tendo conquistado todos os títulos do Baianão Feminino entre 2019 e 2024.
Quem fim levou?
O Lusaca, fundado em 2007 por Ruan Santos, no município de Dias D’Ávila, foi campeão baiano em 2017. Mesmo após o fim da parceria com o Bahia, o clube segue em atividade e participará novamente do Baianão nesta temporada.
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