Imagine ser campeã da Copa América com a Seleção Brasileira Feminina em agosto. E logo no mês seguinte já poder conquistar outro título de expressão, o do Campeonato Brasileiro Feminino? É o que está vivenciando a zagueira Isa Haas, do Cruzeiro Feminino.
Sem dúvida, o ano de 2025 já é marcante para a jogadora. Nascida em Montenegro, Rio Grande do Sul, Isadora Haas Gehlen tem 24 anos e iniciou a carreira profissional no Internacional. Passou também pelo Sevilha, da Espanha. E foi contratada pelas Cabulosas em janeiro.
Tornou-se peça importante no time montado pelo técnico Jonas Urias, que a colocou como capitã. O Cruzeiro fez a melhor campanha da primeira fase do Brasileirão Feminino, quando teve a terceira defesa menos vazada.
Campeã da Copa América
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Não à toa, em junho, Isa Haas foi convocada pelo técnico Arthur Elias para integrar o grupo que faturou a taça da Copa América no Equador. Foi a primeira competição internacional que a zagueira disputou pela Seleção Brasileira Profissional. Inclusive ela esteve em campo na dramática final contra a Colômbia, no dia 02/08. O Brasil venceu nos pênaltis por 5 a 4, depois de um empate por 4 a 4 no tempo regulamentar.
Lesão na volta ao Cruzeiro
Apenas 4 dias depois do título, em 06/08, a zagueira voltou a jogar pelas Cabulosas. No entanto, foi substituída ainda no primeiro tempo da partida contra o Corinthians, válida pela terceira fase da Copa do Brasil Feminina. Haas sofreu uma lesão muscular grau 2 na coxa direita.
Ficou em tratamento intensivo e se recuperou a tempo de jogar no último dia de agosto: disputou o segundo tempo da partida em que as Cabulosas eliminaram o Palmeiras na semifinal do Brasileirão. Já contra o Corinthians, no último domingo (7), a zagueira foi titular e ficou em campo os 90 minutos, como capitã:
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“As lesões fazem parte, mas nesse momento foi muito difícil para mim, nessa reta final do Brasileirão. Mas estou muito feliz de ter voltado, jogado os 90 minutos. E, enfim, acho que sou uma das líderes daqui e poder usar a braçadeira na final foi muito importante para mim”.
Desafio extra para o técnico
Para o técnico Jonas Urias, o período em que a zagueira se ausentou dos trabalhos no Cruzeiro para servir a Seleção Brasileira gerou um desafio extra:
“A atleta passa um mês e meio jogando em outro modelo de jogo, com outro treinador, outras ordens, outros comandos, outras jogadoras. Então a gente teve um desafio, neste período, de não só recuperá-la da lesão muscular. Mas, tentar colocá-la de volta no nosso contexto, né?
Assim, Jonas acredita que a zagueira pode render ainda mais no segundo duelo da final, em São Paulo, no próximo domingo (14):
“Ainda acho que ela vai adquirir o melhor ritmo nesse sentido, de jogar o nosso jogo, de fazer as funções dela dentro do nosso sistema. Mas no domingo foi ótimo ela ter conseguido completar os 90 minutos. Mostra que a recuperação, a parte física, está em um ponto ideal”.