Uma história de superação teve seu capítulo mais bonito, na última terça-feira (02), e aconteceu com uma das jogadoras mais emblemáticas da história recente do futebol brasileiro: Luana Bertolucci. Após 18 meses lutando para superar um câncer no sistema linfático, a meia voltou a atuar pelo Orlando Pride, dos Estados Unidos.
A descoberta da doença
Luana foi diagnosticada com câncer no início de 2024 e, pelas redes sociais, comunicou que se afastaria dos gramados para iniciar o tratamento com quimioterapia. A notícia causou forte impacto no futebol nacional, já que a meia era nome certo na convocação para as Olimpíadas de Paris e um dos pilares na seleção comandada por Arthur Elias.
Clubes brasileiros e internacionais se mobilizaram rapidamente em solidariedade à jogadora. Todas as equipes da NWSL, liga norte-americana onde Luana segue atuando pelo Orlando Pride, prestaram apoio. Durante o tratamento, a atleta contou com acompanhamento médico da CBF e recebeu suporte integral do clube norte-americano.
O câncer
Luana enfrentou um dos tipos mais raros de câncer existentes: o Linfoma de Hodgkin. Esse tipo de câncer atinge o sistema linfático e se caracteriza pelo crescimento anormal de linfócitos, células que se acumulam nos gânglios linfáticos e, com o tempo, se espalham de forma organizada pelo corpo. Apesar de representar menos de 1% de todos os casos da doença, o Linfoma de Hodgkin apresenta altas taxas de cura, especialmente quando diagnosticado precocemente.
Os 18 longos meses e o retorno
A atleta brasileira se jogou no tratamento e contou com uma rede de apoio muito grande entre atletas, família e amigos mais próximos. Foram 18 meses de muita luta para voltar a fazer o que mais ama: jogar futebol. Ela regressou aos treinamentos em novembro de 2024, quando anunciou que havia se curado do câncer. A partir daí, começou uma contagem regressiva para retornar aos jogos.
Luana reestreou na terça-feira (02), ao entrar em campo no segundo tempo da partida contra o Alajuelense, da Costa Rica, válida pela Concacaf Champions Cup. A volta emocionou quem acompanha de perto sua trajetória. O Orlando Pride, seu clube, celebrou o momento com três publicações nas redes sociais, e, ao fim do jogo, as companheiras de equipe a jogaram para o alto em comemoração.