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Flamengo

FlaGay: a torcida organizada do Flamengo que rompeu barreiras

Atualizado em: 02/07/2025 17:06
Agnes Rigas
5 Min de Leitura
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FlaGay, a torcida organizada LGBTQIA+ do time carioca (Foto: Reprodução )
FlaGay, a torcida organizada LGBTQIA+ do time carioca (Foto: Reprodução )

No final do mês passado, foi celebrado o dia internacional do orgulho LGBTQIA+, uma data que marca a luta histórica por respeito, visibilidade e igualdade. Muito antes do debate sobre diversidade e inclusão ganhar espaço nos estádios brasileiros, um grupo de torcedores do Flamengo decidiu romper barreiras e ocupar as arquibancadas com orgulho.

Em 1979, surgiu a FlaGay, torcida organizada formada por torcedores e torcedoras da comunidade LGBTQIA+ que há anos defendem, além das cores rubro-negras, o direito de todos estarem nas arquibancadas com orgulho, respeito e segurança. 

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Como surgiu?

A ideia, uma iniciativa pioneira, corajosa e que enfrentou preconceito tanto dentro quanto fora do clube, nasceu em um dos palcos mais tradicionais do futebol brasileiro: o Maracanã. Convidados pelo carnavalesco Clóvis Bornay, um grupo de torcedores flamenguistas decidiu criar a FlaGay, levando faixas e bandeiras para um clássico Fla-Flu. O objetivo era simples, mas ousado para a época: unir o amor pelo Flamengo ao orgulho LGBTQ+, em plena década de 70, marcada por forte repressão e conservadorismo.

Mas o que poderia ser uma celebração de diversidade rapidamente encontra o preconceito. A diretoria do Flamengo, sob o comando do então presidente Márcio Braga, não apoiou a iniciativa. Após uma derrota por 3 a 0 para o Fluminense, Braga chegou a associar o mau resultado à presença da torcida gay, numa clara demonstração do ambiente hostil que existia dentro e fora dos estádios, e que se perpetua até hoje.

Notícias da época sobre a torcida organizada do Flamengo (Foto: Reprodução)
Notícias da época sobre a torcida organizada do Flamengo (Foto: Reprodução)

Relegados às cadeiras numeradas e alvos de ofensas nas arquibancadas, os integrantes da FlaGay resistiram enquanto puderam. Porém, com o passar dos anos e sem apoio institucional, o grupo acabou desaparecendo dos estádios no início dos anos 80. Apesar dos avanços sociais e das campanhas de combate ao preconceito, o futebol brasileiro ainda carrega resquícios fortes do machismo e da LGBTfobia que marcaram as décadas passadas. 

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Desde os anos 70 até hoje, o cenário nas arquibancadas pouco mudou para torcedores e torcedoras LGBTQIA+. Ainda é raro ver grupos assumidamente gays ocupando as arquibancadas com liberdade e segurança, e quando isso acontece, muitas vezes, essas manifestações de orgulho e diversidade enfrentam olhares tortos, hostilidades e retaliações. O futebol, espaço historicamente masculinizado e conservador, ainda impõe barreiras a quem ousa desafiar o padrão dominante.

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Tentativa de retorno da FlaGay às arquibancadas

Ainda assim, o espírito da FlaGay não se apagou. Em meados dos anos 90, o ativista Raimundo Pereira tentou reorganizar a torcida. Por cerca de um ano, aproximadamente 100 torcedores LGBTQ+ acompanharam o Flamengo nos jogos, em uma espécie de “renascimento”. Contudo, as dificuldades de aceitação e o medo da violência fizeram com que a iniciativa perdesse força mais uma vez. Em 2003, uma nova tentativa de recriação da FlaGay chegou a ser articulada, mas sequer saiu do papel, novamente barrada pela falta de apoio e pelo preconceito ainda enraizado.

Apesar de nunca ter se consolidado como uma torcida ativa e permanente, a FlaGay ocupa um lugar simbólico na história do futebol brasileiro. Sua criação representou um ato de resistência e pioneirismo, abrindo caminho para o surgimento, anos depois, de grupos LGBTQ+ em clubes de todo o país, como as “Coligay” do Grêmio e as iniciativas mais recentes de torcidas inclusivas.

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Notícia dos jornais da época sobre a torcida organizada (Foto: Reprodução)
Notícia dos jornais da época sobre a torcida organizada (Foto: Reprodução)

Hoje, em um cenário onde o debate sobre diversidade nas arquibancadas finalmente ganha mais espaço, a história da FlaGay serve como lembrança e inspiração. Uma prova de que, mesmo diante da hostilidade e do preconceito, o futebol também pode ser território de luta por respeito, visibilidade e inclusão.


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PorAgnes Rigas
Agnes Rigas é uma jornalista formada na FACHA e Mestre em Comunicação e Multimídia pela Universidade da Maia (Porto, Portugal). No iG, trago informações e bastidores sobre o universo das mulheres no futebol feminino nacional.
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