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Home » Últimas notícias » Da proibição à glória: a história completa do Futebol Feminino no Brasil
Brasil Ladies Cup

Da proibição à glória: a história completa do Futebol Feminino no Brasil

Atualizado em: 25/10/2025 20:32
Aline Campanhã
6 Min de Leitura
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Foto: Museu do Futebol

Por onde começa uma história de luta? No caso do Futebol Feminino no Brasil, ela nasce no improvável: em meio à proibição, ao preconceito, à ideia ultrapassada de que mulheres não deveriam “chutar bola”.

Mas elas chutaram. E foi assim, na contramão das regras, que o esporte mais popular do país ganhou uma das suas páginas mais inspiradoras.

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Um jogo que começou às escondidas

As primeiras partidas de Futebol Feminino no Brasil aconteceram na década de 20, em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo. Eram amistosos organizados por grupos de mulheres que simplesmente queriam jogar – sem imaginar que, em breve, isso se tornaria crime.

Em 1941, o governo de Getúlio Vargas publicou o Decreto-Lei nº 3.199, que proibia às mulheres “a prática de esportes incompatíveis com sua natureza”. O texto não mencionava o futebol explicitamente, mas ficou claro que ele era o alvo principal.

O argumento? De que a modalidade era “violenta” e “prejudicial à maternidade”.

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A partir dali, o Futebol Feminino foi apagado dos campos, dos jornais e das arquibancadas, mas nunca das vontades. Mesmo proibidas, muitas jogadoras continuaram a se reunir em torneios improvisados, escondidas da polícia ou da vigilância moral da época.

Em São João da Boa Vista , no interior de São Paulo, por exemplo, um grupo de alunas do colégio organizou um jogo em 1952 para arrecadar fundos de formatura. O público? Quase 5 mil pessoas. Um ato de resistência disfarçado de diversão.

As meninas do colégio de São João da Boa Vista foram sinônimos de resistência. Foto: acervo Leivinha

Anos de silêncio e resistência

Durante mais de 40 anos, o Futebol Feminino sobreviveu na clandestinidade. As jogadoras treinavam em terrenos baldios, campos de várzea, praias. Enquanto os homens eram exaltados como heróis nacionais, as mulheres eram ridicularizadas ou repreendidas por “ousarem demais”.

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Não havia espaço na imprensa, nas federações, nem nas escolas. Mas havia vontade. E foi essa vontade que manteve o jogo vivo até que, em 1979, o decreto foi revogado. Ainda assim, o caminho estava longe de ser simples: a Confederação Brasileira de Desportos (CBD) só regulamentou oficialmente a modalidade em 1983.

O primeiro apito oficial

Campo lotado de torcedores em Recife. Foto: Coleção Museu da Cidade do Recife
Campo lotado de torcedores em Recife. Foto: Coleção Museu da Cidade do Recife

Com a regulamentação, o Futebol Feminino finalmente pôde sair da sombra. Em 1983, foi disputada a primeira Taça Brasil de Futebol Feminino, reunindo clubes pioneiros e revelando talentos que, até então, jogavam sem uniforme, sem salário e, muitas vezes, sem chuteira.

Foi também a época em que o Esporte Clube Radar, do Rio de Janeiro, dominou as competições nacionais e ajudou a formar a base da primeira Seleção Brasileira Feminina.

Ainda era tudo muito precário: campos ruins, falta de apoio, nenhum patrocínio, mas o barulho começou a crescer. As meninas estavam de volta aos estádios e, dessa vez, para ficar.

Do anonimato ao palco mundial

Nos anos 1990, o Futebol Feminino do Brasil começou a se firmar no cenário internacional. Em 1991, o país disputou sua primeira Copa do Mundo Feminina, e, cinco anos depois, estreou nos Jogos Olímpicos de Atlanta.

O auge veio em 1999, quando a Seleção conquistou o terceiro lugar no Mundial, colocando definitivamente o Brasil no mapa da modalidade. E foi ali que surgiram as primeiras grandes estrelas: Sissi, Pretinha, Formiga e, pouco depois, Marta, a maior de todas.

Marta não foi apenas craque. Ela virou símbolo. Um rosto que deu voz a gerações de mulheres silenciadas, e que transformou a expressão “Futebol Feminino” em sinônimo de talento, emoção e orgulho nacional.

Marta é a maior representante do Futebol Feminino Brasileiro em todos os anos. Foto: Lívia Villas Boas / CBF

Do amadorismo ao profissional

Nos anos 2000, o Futebol Feminino passou a ganhar estrutura. Lentamente, mas de forma consistente.

Em 2013, foi criado o Campeonato Brasileiro Feminino, o primeiro torneio nacional com calendário estável e visibilidade. E, em 2019, a CBF determinou que todos os clubes da Série A masculina deveriam manter equipes femininas adultas e de base.

O resultado veio rápido: transmissões na TV aberta, patrocínios inéditos, torcidas crescendo e atletas com contratos profissionais. Mas, mesmo assim, as desigualdades permanecem. A diferença salarial ainda é abissal, e muitas jogadoras continuam precisando conciliar treinos com outros trabalhos.

Um futuro que já começou

Hoje, o Futebol Feminino no Brasil é uma mistura de conquista e cobrança. Conquista, porque o que era proibido virou espetáculo. Cobrança, porque ainda há muito a corrigir: investimento, estrutura, respeito e oportunidades iguais.

Mas, se há algo que essa história prova, é que o Futebol Feminino nunca precisou de permissão para existir. Ele sempre existiu. Nos campos de várzea, nas quadras escolares, nas praias, nas meninas que sonharam com a bola nos pés mesmo quando isso era crime.

De 1941 até aqui, o que mudou não foi apenas a lei. Mudou a percepção, a força, o protagonismo.

O Futebol Feminino saiu da proibição para a glória e, agora, escreve um novo capítulo: o da permanência.

TAGGED:futebol femininoFutebol Feminino históriaFutebol Feminino proibido
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Aline Campanhã
PorAline Campanhã
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Jornalista formada pela UNESP e apaixonada por futebol. No iG, conto histórias que vão além dos 90 minutos: bastidores, personagens, curiosidades e tendências do universo esportivo. Com passagens por rádios, portais e agências, atuando como repórter, social media e assessora de imprensa. E-mail: acampanha@adverge.com.br
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