A Copa São Paulo de Futebol Júnior, carinhosamente conhecida como “Copinha”, é, há décadas, o palco de consagração e descoberta de talentos do futebol masculino brasileiro. Um torneio que abre o calendário esportivo e se tornou uma tradição incontestável no país.

No entanto, o avanço da modalidade feminina no Brasil trouxe uma demanda: a necessidade de um torneio de base com o mesmo prestígio e alcance para as jogadoras. É nesse contexto que a Copa São Paulo de Futebol Feminino começou a ser organizada, prometendo repetir o sucesso do torneio masculino.
O contexto da organização: reconhecimento e oportunidade
A organização da versão feminina da Copinha surgiu como uma resposta à expansão do Futebol Feminino no Brasil.
Com a obrigatoriedade estabelecida pela Conmebol e pela CBF para que clubes da Série A mantivessem categorias de base femininas, houve crescimento no número de jogadoras em formação. A ausência de um torneio nacional de referência para dar visibilidade a essas atletas criou uma demanda no calendário.

Nesse contexto, a Federação Paulista de Futebol (FPF), também responsável pela Copinha masculina, assumiu a criação da competição. A entidade utilizou sua estrutura e logística já estabelecidas para viabilizar o torneio.
A primeira edição oficial da Copinha Feminina ocorreu em 2023, com participação reduzida. Foram 16 clubes distribuídos em quatro grupos, cada um composto por quatro equipes.
Fontes e referências
A FPF e a organização da competição estruturaram o torneio com base em três elementos principais.
Primeiro, a regulamentação e a estrutura da FPF serviram como base operacional. A entidade aplicou padrões utilizados em outros eventos de base, incluindo diretrizes de qualidade e segurança, para receber equipes de diferentes regiões.
Em seguida, o apoio institucional dos clubes teve papel relevante. A presença de equipes como Corinthians, São Paulo, Santos e Palmeiras, que possuem investimento consolidado na modalidade, reforçou a participação no torneio.
Por fim, a mídia esportiva assegurou a divulgação do evento. O torneio recebeu cobertura em veículos de grande alcance, com transmissões responsáveis por ampliar sua exposição ao público.
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Impacto da Copinha Feminina
A criação e a organização do torneio preenchem uma lacuna existente no Futebol Feminino ao oferecer uma competição nacional de base.
O torneio funciona como vitrine para atletas em formação. Scouts, clubes e a Seleção Brasileira passam a contar com um mapeamento mais amplo das jogadoras em destaque, o que facilita processos de identificação e acompanhamento.

A competição também contribui para o desenvolvimento regional. A participação obriga clubes a ampliarem estruturas e investimentos nas categorias de base, inclusive fora do eixo Rio-São Paulo, o que impacta a formação de jogadoras em diferentes regiões do país.
Além disso, a existência de uma competição com formato semelhante ao torneio masculino amplia o número de oportunidades disponíveis para atletas jovens. A Copinha Feminina se consolida como parte do calendário de base e integra o processo de formação de novas jogadoras no Brasil.
