A CBF apresentou nesta segunda-feira (24), na sede da entidade, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, o novo calendário do Futebol Feminino para 2026. A divulgação marca uma ampla reformulação da modalidade, com aumento de datas, expansão do número de jogos e reforço no investimento, que chega a R$ 685 milhões. O planejamento inclui mais previsibilidade para clubes, ampliação das competições de base e mudanças estruturais nas séries A1, A2, A3 e na Copa do Brasil.
O novo presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Samir Xaud, está prestes a completar 6 meses à frente do cargo. Em sua fala inicial, celebrou a oportunidade de realizar a mudança do calendário e a valorização da modalidade ainda nesse começo de gestão.
O processo de mudança visa não só a restruturação do calendário, mas também o aumento das premiações, fomento da base, crescimento sustentável da modalidade e mudanças estruturais pensando em questões relativas a benefícios, contratos de trabalho, maternidade, entre outros.

Cronologia da modalidade
Na sequência, Aline Pellegrino, Gerente de Competições da entidade, apresentou um registro sobre a cronologia de competições e crescimento do calendário desde 2007. Demonstrou o movimento das competições internacionais e o impacto dos torneios na realidade nacional. Também detalhou o último calendário aplicado em 2025, com os torneios profissionais e de base.

Construção do novo calendário
Para a construção do novo calendário foram analisadas as datas que serão utilizadas pelas competições oficiais da FIFA, na sequência, datas oficiais da CONMEBOL, para então verificar as datas disponíveis para os torneios nacionais. O espaço que esse ano estará ocupado pela Copa do Mundo Masculina, será normalmente preservado no calendário em virtude de variadas competições internacionais recorrentes no período.
Os Campeonatos
A Supercopa Feminina abre o calendário em jogo único, dia 8 de fevereiro, entre Corinthians e Palmeiras. O mando de campo ainda será definido, em comum acordo com os clubes.
O Brasileirão A1 começa em 15 de fevereiro e termina em 4 de outubro, com crescimento de 134 para 167 partidas e ampliação de 21 para 23 datas. O formato permanece, com jogos nas datas-bases de domingos e quartas-feiras, com paralisações nas Datas Fifa. Todos os 18 clubes terão vaga garantida na Copa do Brasil.
A Copa do Brasil Feminina começa em 22 de abril, com 66 equipes e formato mais democrático. Todas as fases, da preliminar à final, terão confrontos e mandos definidos por sorteio. Os jogos serão nas datas-bases de quintas e domingos, com partidas de ida e volta. Os clubes da série A1 entram à partir da terceira fase.

Divisões de acesso
O Brasileirão A2 inicia em 14 de março e vai até 19 de setembro, com mudança de formato: os 16 clubes fazem turno único, assim como na elite. O número de jogos sobe de 70 para 134.
A Série A3 mantém turno e returno, cresce de 78 para 126 partidas e distribui 14 datas, com início em março e término em setembro. As três divisões param durante as Datas Fifa e garantem vagas para a Copa do Brasil.
As categorias de base também ganham espaço. O Brasileiro Sub-20 inicia em 8 de março, com 24 clubes e final em dois jogos. O Sub-17 entra em campo em maio, com vagas nacionais atreladas ao desempenho nos estaduais para incentivar o desenvolvimento regional. As ligas Sub-14 e Sub-16 acontecem em março, valendo vaga para a Conmebol Fiesta Evolución.
Premiações e repasses
A entidade elevará os valores das premiações nas competições. No Brasileirão A1, o campeão passa a receber R$ 2 milhões; o vice, R$ 1 milhão. As cotas dos 18 clubes da primeira divisão sobem para R$ 720 mil, dobrando o valor destinado à primeira fase. Jogos de primeira escolha com transmissão nacional recebem adicional de R$ 20 mil. Serão 27 partidas nesse critério.

Apoio a jogadoras lactantes
A CBF passará a ofertar um auxílio específico para atletas lactantes. Filhos poderão acompanhar as jogadoras nas datas de jogo, com todos os custos cobertos pela entidade.
A partir de 2027, todos os clubes da Série A1 serão obrigados a manter vínculo profissional com suas atletas. A entidade também passa a isentar taxas de registro de jogadoras não profissionais em todas as competições femininas.
Tabelas completas:
- Supercopa do Brasil
Data: 08/02
Jogo único
Premiação: R$ 1 milhão (campeão) e R$ 600 mil (vice) - Brasileirão Feminino A1
Início: 15/02
Término: 04/10
Ampliação de 16 para 18 clubes
Cota: R$ 720 mil por clube
Adicional: R$ 20 mil por jogo transmitido nacionalmente
Premiação: R$ 2 milhões (campeão) e R$ 1 milhão (vice)
Aumento de 134 para 167 jogos
Duas vagas na Libertadores 2027 - Copa do Brasil Feminina
Início: 22/04
Término: 15/11
Quartas, semifinais e final em ida e volta
Cotas de participação dobradas
Aumento de 64 para 72 jogos
Entrada dos clubes por divisão: A3 na 1ª fase, A2 na 2ª fase, A1 na 3ª fase
66 clubes de 26 estados + DF
Transmissão de 100% das partidas no canal da CBF
Categorias de acesso
- Brasileirão A2
14/03 a 19/09
Formato de grupo único e turno único
4 vagas para o A1
16 clubes
Cota: R$ 360 mil por clube
Aumento de 70 para 134 partidas
Datas-base: sábado e quarta-feira
Vaga direta para a Copa do Brasil - Brasileirão A3
21/03 a 05/09
Formato com turno e returno na 1ª fase
4 vagas para o A2
32 clubes
Cota: R$ 120 mil por clube
Aumento de 78 para 126 partidas
Datas-base: sábado
Vaga direta para a Copa do Brasil
Categorias de base
- Brasileirão Sub-20
08/03 a 28/05
Final com ida e volta
24 clubes
Aumento de 85 para 86 partidas
12 datas
Datas-bases: quinta e domingo
Transmissão integral no canal da CBF - Brasileirão Sub-17
30/05 a 29/08
Final com ida e volta
24 clubes
Aumento de 85 para 86 partidas
12 datas
Datas-bases: sábado
Transmissão integral no canal da CBF - Liga Sub-16
Realização em março
Sede única
Final com ida e volta
8 clubes
20 partidas
5 datas
1 vaga para La Fiesta Conmebol - Liga Sub-14
23 a 29 de setembro
Final com ida e volta
8 clubes
20 partidas
5 datas
1 vaga para La Fiesta Conmebol
