A FifPro, sindicato mundial de jogadores, anunciou nesta segunda-feira (03) os times ideais da temporada 2024/2025. A lista, votada por atletas profissionais, revelou o domínio europeu no Futebol Feminino atual e deixou nomes brasileiros fora da seleção. Atletas como Hannah Hampton, estreante no ranking, Lucy Bronze, recordista, e Aitana Bonmatí, eleita melhor do Mundo na Bola de Ouro, se destacaram. Já Marta e Debinha, indicadas inicialmente, não entraram na seleção final.

Ausência de brasileiras
O Brasil ficou sem representantes no time ideal feminino. Marta e Debinha, que estavam no grupo de indicadas, não apareceram no elenco final da FifPro. A exclusão reflete o momento de transição do Futebol Feminino Brasileiro. O país, que já teve forte presença em premiações internacionais, agora enfrenta maior concorrência. Além disso, o período analisado pela entidade foi de 11 de agosto de 2024 a 3 de agosto de 2025, com exigência mínima de 20 jogos oficiais.

Mudança de protagonismo: dos EUA para a Europa
Há uma década, em 2015, quando o ranking foi implementado oficialmente, o Futebol Feminino tinha forte liderança das jogadoras dos Estados Unidos. A base das seleções ideais era majoritariamente americana. No entanto, o cenário mudou. De cinco anos para cá, o crescimento dos clubes e ligas europeias transformou o continente no novo centro do jogo. Hoje, a Europa domina as seleções da FifPro, especialmente com nomes de Inglaterra, Espanha e França.
O ranking deste ano também marca um momento histórico para o Futebol Africano: pela primeira vez, duas jogadoras africanas figuram na Seleção da temporada: Barbra Banda (Zâmbia), em sua segunda participação, e Ghizlane Chebbak (Marrocos), em sua estreia.

Recordes e tradição
Lucy Bronze é a maior presença histórica nas seleções do sindicato, com oito aparições. Logo atrás, Wendy Renard surge com sete participações, enquanto Alex Morgan soma seis. Marta, ícone brasileira, aparece cinco vezes e segue como uma das maiores referências do país no esporte.

Entre os clubes, o Lyon lidera com 23 atletas premiadas ao longo da história. Em seguida, vêm Barcelona, com 14, Chelsea, com 13, e Orlando Pride, com 12. Já pelas nacionalidades, as inglesas dominam com 28 participações. As americanas aparecem na sequência, com 20 atletas, seguidas por francesas (13) e espanholas (12). Essa distribuição reforça o poder técnico e estrutural do Futebol Europeu no cenário atual.

Confira as 11 selecionadas pelo FifPro:
Hannah Hampton (Chelsea);
Lucy Bronze (Chelsea);
Millie Bright (Chelsea);
Leah Williamson (Arsenal);
Ona Batlle (Barcelona);
Aitana Bonmatí (Barcelona);
Alexia Putellas (Barcelona);
Ghizlane Chebbak (Badalona);
Chloe Kelly (Manchester City);
Barbra Banda (Orlando Pride);
Alessia Russo (Arsenal).
					
					
								