O sorteio da Copa do Brasil Feminina, realizado na última sexta-feira (19), colocou frente a frente Bragantino e Bahia nas quartas de final. A tabela detalhada ainda será divulgada, mas já está definido: jogo único, no meio da próxima semana, com mando do clube paulista. Em caso de empate, pênaltis decidem a vaga.
Histórias que se reescrevem
O Futebol Feminino do Bahia voltou a respirar em novembro de 2018, quando o clube retomou o projeto em parceria com o Lusaca e recolocou o Esquadrão no cenário nacional.
O Bragantino, por sua vez, estreou no feminino em 2020, já sob a batuta da Red Bull, levando para Bragança Paulista o método e a ambição de um projeto global.
Desde então, os dois deram recados claros. O Bahia conquistou a Série A2 em 2024, coroando a reconstrução e fortalecendo o protagonismo nordestino, e o Bragantino levantou a taça da A2 duas vezes (2021 e 2023), sinal de um departamento jovem que aprendeu rápido a competir.
Projetos espelhados
Há um paralelo evidente. Red Bull e City Football Group aportaram investimento, método e metas de longo prazo e, junto disso, a responsabilidade de acelerar o desenvolvimento da modalidade.
Dentro de campo, o espelho também apareceu: no Brasileirão deste ano, o Bahia terminou a primeira fase em 7º, o Bragantino em 8º. Separados por detalhes, voltam a se cruzar agora em um mata-mata de 90 minutos. Mais do que uma vaga na semifinal, o encontro representa a afirmação de novos protagonistas.
O interior paulista recebe o Nordeste; projetos recentes desafiam tradições; novas torcidas se reconhecem no campo. Quando a bola rolar na próxima semana, estará em jogo a classificação — e um retrato fiel da transformação do Futebol Feminino no Brasil.