O Boca Juniors mostra, mais uma vez, porque é sinônimo de potência no futebol, no masculino e no feminino. No campeonato argentino, o Clausura 2025, as Gladiadoras seguem invictas e lideram a tabela com autoridade.
A campanha reforça uma tradição que já rendeu 29 títulos nacionais e até finais continentais, como a histórica Libertadores de 2022. Em campo, o time combina solidez defensiva com eficiência no ataque. E, assim, mantém vivo o projeto de hegemonia iniciado desde a profissionalização da modalidade em 2019.

No outro extremo da tabela, o Independiente vive realidade bem diferente. O maior campeão da Libertadores no futebol masculino amarga a última colocação no feminino.
A equipe sofre com pouca produção ofensiva e baixo aproveitamento, cenário que reflete também a fase instável do clube no masculino. A crise ultrapassa o campo. Na Copa Sul-Americana, um episódio de violência nas arquibancadas terminou, inclusive, com a saída da jogadora Emily Muñoz da equipe de futsal do Rojo.
Campeonato Argentino ganha equilíbrio e novos protagonistas
Se por um lado o Boca segue dominante, por outro o Clausura se revela um campeonato mais equilibrado. Belgrano, SATSAID e Talleres aparecem entre os primeiros colocados e mostram força para desafiar os grandes de Buenos Aires.
A presença desses clubes reforça a ideia de que o futebol feminino argentino está em expansão. Já o River Plate, maior rival histórico do Boca, ocupa uma posição intermediária. O time tenta reencontrar o protagonismo que já lhe rendeu 11 títulos e ainda busca um caminho de retomada.
Dentro desse cenário, alguns nomes individuais chamam atenção. O Boca Juniors, líder invicto, conta com Kishi Núñez como referência ofensiva, repetindo o protagonismo do Apertura e se consolidando como peça decisiva. Andrea Ojeda, atacante histórica e maior artilheira do clube, simboliza a tradição xeneize, enquanto Laurina Oliveros garante segurança no gol e presença constante na seleção argentina.
Na vice-liderança aparece o Belgrano. Romina Núñez comanda o meio-campo e também se destaca como uma das principais artilheiras do Clausura. Já Mayra Acevedo, jovem atacante, surge como promessa e cresce a cada rodada. Em terceiro lugar, o SATSAID aposta no faro de gol de Zoraida Leguizamón, atual artilheira da competição com quatro gols.
O Talleres, em quarto, tem na jovem Azul Ludueña seu destaque ofensivo e uma das principais promessas do campeonato. Já o River Plate, quinto colocado, se apoia na goleadora uruguaia Carolina Birizamberri, com dois gols já marcados, e na veterana Mercedes Pereyra, referência técnica no meio-campo e responsável por manter a identidade da equipe.
Em resumo: o argentino delas não tem o equilíbrio do Brasileiro Feminino, o que se reflete nas conquistas continentais.
