A chegada de Alisha Lehmann ao clube FC Como Women não representou apenas uma transferência de peso na Série A italiana. A atleta suíça, que veio da Juventus e se consolidou como ícone global do futebol feminino, iniciou uma verdadeira revolução dentro e fora de campo. Com carisma, talento e uma força digital que ultrapassa fronteiras, Lehmann colocou o clube no radar da mídia internacional e impulsionou o debate sobre a autonomia dos clubes independentes.
Impacto imediato nas redes e na audiência
Alisha soma mais de 16,7 milhões de seguidores no Instagram e outros 12 milhões no TikTok, o que a torna a jogadora de futebol feminino mais seguida do planeta. Assim que chegou ao Como, ampliou de imediato o alcance do clube, que passou a registrar projeção inédita em suas plataformas digitais.
Para potencializar esse movimento, o time lançou recentemente o Programa Ambassador, em parceria com a plataforma WeAre8. Nove jogadoras passaram a atuar como criadoras de conteúdo, fortalecendo a identidade digital do projeto. Essa estratégia se somou a novas experiências de transmissão: um amistoso contra o Olympique de Marseille, exibido pelo YouTube e pela DAZN, superou 17 mil espectadores ao vivo, números raros no cenário italiano feminino.
Independência como identidade
O Como Women nasceu em 1991 e se profissionalizou em 2022. Hoje, é um dos poucos clubes independentes que disputam a Série A. Em 2024, o grupo de investimentos Mercury/13 assumiu o comando e reforçou a proposta “female-first”, que ganhou ainda mais força com a chegada de Lehmann.
Enquanto outras potências do futebol feminino se apoiam em estruturas masculinas, o Como aposta no protagonismo próprio. Esse perfil, somado à imagem midiática da atacante suíça, transforma o clube em referência para novas gerações. Além disso, consolida a relevância de um projeto que alia base sólida, com mais de cem atletas em sete categorias e visão empresarial sustentável.
Estádio cheio e holofotes da imprensa
Antes da chegada de Alisha, muitos jogos do Como passavam despercebidos. Agora, cada partida se transformou em evento. O clube observa estádios mais cheios e maior atenção da mídia europeia. O jornal britânico The Guardian, por exemplo, descreveu a contratação como um movimento “estratégico e simbólico” para o crescimento da liga italiana.
Dentro de campo, colegas de elenco e comissão técnica relatam treinos mais intensos e um ambiente de motivação renovada. Fora dele, marcas enxergam no clube uma oportunidade de associar suas imagens a um projeto que conecta futebol, engajamento digital e cultura pop.
Um legado em construção
Mais do que gols ou assistências, Alisha Lehmann entrega ao Como Women algo que vai além das quatro linhas: identidade. Sua influência reforça a narrativa de um futebol feminino moderno, global e autônomo. Ao escolher um clube independente, ela redesenhou sua carreira e, ao mesmo tempo, ajudou a consolidar um modelo em que esporte e presença digital caminham lado a lado.
Seguir essa dupla hoje significa testemunhar, em tempo real, a transformação do futebol feminino em um produto cultural de alcance mundial.