A repercussão da nova fala machista de Ramón Díaz, técnico do Internacional, foi imediata e intensa nas redes sociais e na imprensa esportiva. Diversas jogadoras, incluindo Bruna Benites, Amanda Gutierres e Andressa Alves, se posicionaram de forma pública contra a declaração. E essa não foi a primeira vez que o treinador utiliza argumentos que diminuem a presença das mulheres no Futebol Feminino.
O que disse Ramón Díaz
Após o empate entre Internacional e Bahia pelo Brasileirão, Díaz afirmou: “O futebol é para homens, não é para meninas”. A declaração reforçou um estereótipo ultrapassado e desmereceu a participação feminina no esporte. Como resultado, torcedores, jornalistas e entidades esportivas criticaram duramente a postura do treinador. No dia seguinte, ele publicou um pedido de desculpas nas redes sociais, dizendo reconhecer o erro e tratar o episódio como um aprendizado.
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A resposta de Bruna Benites e da comunidade
A capitã do time feminino do Internacional, Bruna Benites, reagiu rapidamente. Em seus stories, ela afirmou que opiniões são respeitáveis, mas há falas que precisam ser repudiadas. Em seguida, destacou: “Futebol é para quem ama!”. A mensagem se espalhou e recebeu apoio de atletas, torcedores e profissionais ligados ao Futebol Feminino, evidenciando o fortalecimento da voz das mulheres dentro do esporte.

Andressa Alves, do Corinthians, também falou sobre o tema nas redes sociais.
Além dela, a artilheira do Palmeiras, Amanda Gutierres, também se posicionou sobre a fala do treinador.

Um histórico que se repete
Essa não foi a primeira situação envolvendo o técnico. Na temporada passada, quando comandava o Vasco, Díaz criticou a presença feminina na arbitragem ao dizer que era “complicado que no VAR quem decide seja uma mulher”, referindo-se à árbitra Daiane Muniz. Na ocasião, a fala também gerou forte repercussão, levando o treinador a uma retratação posterior.
A posição do Internacional
Diante das críticas, o Internacional divulgou uma nota oficial repudiando as declarações de Díaz. O clube reforçou seu compromisso com a valorização do Futebol Feminino, a participação das mulheres no quadro social e a promoção da igualdade dentro do esporte. Além disso, lembrou que será sede da Copa do Mundo Feminina de 2027, enfatizando a relevância do protagonismo feminino no futebol nacional.
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O Campo Também é Nosso
A reação imediata ao caso mostra que o futebol brasileiro não aceita mais discursos de exclusão e preconceito. As manifestações de atletas como Bruna Benites, Amanda e Andressa mostram um cenário de resistência, orgulho e luta contínua por respeito, reconhecimento e igualdade dentro e fora dos gramados.
Hoje, o Futebol Feminino cresce de forma expressiva no Brasil e no mundo. Atletas, árbitras e profissionais conquistam cada vez mais respeito e visibilidade.
O futebol deve ser um espaço inclusivo, onde mulheres e homens tenham o mesmo direito de estar, jogar, trabalhar e brilhar.