Kathellen Sousa com o CR7, ambos no Al Nassr - Reprodução/Instagram
O Futebol Feminino na Arábia Saudita tem ganhando força e já está na quarta edição da Saudi Women’s Premier League , a liga principal do país. Entre as oito equipes que disputam a competição, cinco delas contam com jogadoras brasileiras. Entre elas, tem jogadora no mesmo clube do Cristiano Ronaldo, tem atleta que já passou por Corinthians, Real Madrid e muitos outros.
Disputam a Saudi Women’s Premier League os times do Al-Nassr, Al-Hilal, Al-Qadisiyah, Al-Ahli Jeddah , Al-Ittihad Jeddah, Al-Ula FC, 7 Neom SC e 8 Eastern Flames.
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Apenas no Al-Hilal, Neom SC e Ahli Jeddah não existem brasileiras entre as jogadoras.
A competição na Arábia Saudita está na quinta rodada, que começa em 6 de novembro. Não há brasileiras entre as artilheiras da competição.
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Porém duas atletas do Brasil são as capitãs das equipes: Rayanne Machado, pelo Al-Qadisiyah, e Tuani Lemos, pelo Al-Ula FC.
Grandes marcas apoiam a Liga, como Adidas, Puma, Kike e Kappa. Muitas pessoas acreditam que devido ao costumes religiosos, pode haver restrições de vestimentas para as atletas, mas dentro de campo utilizam uniformes iguais aos usados em outros países.
Al-Nassr lidera em todas as frentes
O Al-Nassr Feminino é o atual, e único, campeão da Saudi Women’s Premier League. Ele é detentor também dos outros dois títulos disputados.
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Na temporada atual o clube tem o melhor ataque, com 18 gols marcados em quatro jogos. O Al-Nassr também é o melhor defensor, com apenas três gols sofridos.
Al-Nassr é a equipe com a melhor defesa (Women´s Saudi Premier League 2025/26), com 3 gols sofridos em 4 jogos.
Jogadoras brasileiras no Futebol Feminino da Arábia Saudita – Reprodução/Instagram
Brasileiras jogando na Arábia Saudita
Atualmente oito jogadoras atuam na Saudi Women’s Premier League. Elas atuam pelo Al-Nassr, Al-Qadisiyah, Al-Ittihad Jeddah, Al-Ula FC e Eastern Flames.
A pernambucana Duda Francelino, capitã do Al-Nassr, passou por diversos times brasileiros até chegar na Arábia. Atuou no Flamengo, São Paulo e Corinthinas, além de Vitória das Tabocas, Vitória das Tabocas, São Francisco, Osasco Audax e Centro Olímpico. Fora do Brasil passou pelo norueguês Avaldsnes IL e o sul-coreano Daejon Sportstoto.
A paulista Kathellen Souza, nascida em São Vicente, tem uma carreira internacional no Futebol Feminino. Antes de chegar no Al-Nassr, passou pelo Real Madrid (Espanha), Internazionale (Itália), Bordeaux (França), e pelos norte-americanos UCF Knights, Louisville Cardinals e Monroe Mustangs (EUA). Nas arábias, ela realizou o sonho de não só conhecer, mas atuar no mesmo clube que o português Cristiano Ronaldo.
Outra brasileira capitã de equipe é a carioca Rayanne Machado. Ela joga pelo Al-Qadisiyah, e já integrou a equipe do Braga e do Cesarense, de Portugal. Pelo Brasil entrou em campo pelo Flamengo, Kindermann, Vasco e Foz Cataratas FC.
Luani Lemos joga na Arabia Saudita – Reprodução/Instagram
A companheira de equipe é Adriana Silva, de União, no Piauí. A atleta já atuou por duas equipe do estado de origem, Tiradentes e Flamengo. Passou pelos paulistas Rio Preto e Corinthians, e também jogou no Orlando Pride (EUA) antes de integrar o Al-Qadisiyah.
Letícia Nunes é o reforço brasileiro do Al-Ittihad Jeddah. A mineira da capital Belo Horizonte passou pelo Cruzeiro, Athletico Paranaense, Ipatinga, Américo Mineiro, América (RN), e Bahia.
Pelo Al-Ula FC , a gaúcha Tuani Lemos é uma das jogadoras do Brasil. Antes de chegar à Arábia, passou pelo Grêmio, Ferroviária e Kindermann.
A goleira Aline Reis, de Aguaí (SP), também integra o Al-Ula FC, e antes disso passou pelo Al Hilal, que no momento não conta com brasileiras. No Brasil jogou pelo Guarani e Ferroviária. Fora do país atuou pelo UDG Tenerife (Espanha), Gyori ETO (Hungria), SC Blue Heat (EUA), UCF Knights (EUA) e SeMi (Finlândia).
Finalizando a lista está a carioca Keikei, Keissyane Lima dos Santos, pelo Eastern Flames. A goleira teve passagem pelos times brasileiros, Palmeiras, Grêmio, Flamengo, Criciúma, Real Brasil e 3B da Amazônia.
Sem restrições dentro de campo
Muitos afirmam que a Arábia Saudita faz “sportwashing” com o Futebol Feminino. O termo em inglês significa que indivíduos, governos ou corporações usam o esporte para melhorar a imagem pública.
Somente em 2018 as mulheres puderam entrar em estádios de futebol para assistir aos jogos. Elas eram enviadas para uma área chamada seção família.
Atualmente o país conta com mulheres comentaristas, e a princesa Reema bint Bandar foi nomeada chefe da Federação Saudita para o Esporte Comunitário.
A exigência do hijab não é mais obrigatória para estrangeiras, e os uniformes são tradicionais como os usados em qualquer outro país do mundo.
Jornalista pós-graduada em Comunicação Integrada e Marketing, atua no digital há mais de 17 anos como repórter e editora. No Portal iG há cinco anos, escreve para Baixada Santista e Esportes. Mãe de primeira viagem do pequeno Otto, assim como as Sereias da Vila, o escritório é na praia!