O Futebol Feminino da Inglaterra segue caminhando para o crescimento da modalidade. Em um momento histórico, a Women’s Super League (WSL) e a Championship, as duas principais divisões do país, anunciaram a criação de um piso salarial obrigatório para todas as jogadoras. A decisão busca definir um padrão mínimo de salários, diminuir as desigualdades e garantir mais estabilidade à modalidade.
A medida, que entra em vigor a partir da próxima temporada, determina que atletas da WSL com mais de 23 anos recebam, no mínimo, £40.000 por ano (cerca de R$ 260 mil na cotação atual). É a primeira vez que o Futebol Feminino inglês adota uma política salarial padronizada e obrigatória. Com isso, a modalidade recebe mais um avanço, que coloca o país entre os mais comprometidos com a profissionalização das atletas.
Além disso, o novo sistema também vai considerar faixas etárias e divisões. As jogadoras mais jovens e as que atuam na segunda divisão também terão valores proporcionais, com aumentos progressivos, assegurando uma remuneração justa em todos os níveis.
Marco histórico na modalidade
Jogadoras receberam a nova regra do piso salarial como um marco esportivo e social. Na temporada passada, clubes da Championship pagaram menos que o salário mínimo, obrigando muitas atletas a trabalhar em empregos paralelos para complementar a renda.
Com o novo modelo, as jogadoras da segunda divisão com menos de 23 anos passarão a receber acima do salário mínimo nacional. O que representa uma mudança estrutural no cenário do Futebol Feminino. A partir de agora, essas atletas poderão se dedicar integralmente ao esporte, desenvolvendo suas carreiras sem depender de outras fontes de renda.
Assim, a decisão foi construída após meses de negociações entre a liga, clubes e associações de jogadoras. O objetivo é não apenas valorizar o trabalho das atletas, mas também incentivar que mais jovens vejam no futebol uma oportunidade de carreira viável e estável.
Referência no Futebol Feminino
A WSL e a Championship têm sido referências na Europa em termos de organização e estrutura. Nos últimos anos, o público nos estádios cresceu, os contratos de televisão se expandiram e os clubes passaram a investir mais em categorias de base e centros de treinamento femininos.
Com a criação do piso salarial, a liga dá mais um passo rumo a um futuro mais estável. E também, garantir condições mínimas para todas as atletas fortalece o Futebol Feminino inglês como um todo. Seja do nível de competitividade à imagem da modalidade.
Representantes da WSL destacaram que a medida reforça o compromisso em construir um ambiente mais justo e inclusivo, onde o talento e o esforço das jogadoras sejam valorizados. Assim, a iniciativa também é vista como um exemplo para outras ligas ao redor do mundo. Especialmente em países que ainda enfrentam grandes desigualdades salariais entre homens e mulheres.
Em um cenário em que a busca por igualdade de gênero, o Futebol Feminino inglês tem mostrado que profissionalizar é também empoderar. Por fim, com esse novo passo, a WSL tem consolidado seu papel de referência na evolução da modalidade.