Em um duelo digno de final antecipada, Espanha e Alemanha protagonizaram uma semifinal intensa e eletrizante da Eurocopa Feminina 2025. De um lado, a magia do toque de bola espanhol e a inteligência tática das jogadoras. Do outro lado, a força coletiva alemã, com um ataque veloz e a segurança defensiva. Mas no fim, prevaleceu o poder espanhol, que, na prorrogação, fez o gol da classificação para a grande final.
A expectativa era de equilíbrio, o que se confirmou: o jogo foi de altíssimo nível técnico e muita emoção do início ao fim. As equipes chegaram até as semis por entregarem campanhas sólidas na fase de grupos e nas quartas de final. Com estilos contrastantes, mas igualmente eficientes, o embate prometia e cumpriu um espetáculo que refletiu o melhor do Futebol Europeu Feminino.
Primeiro tempo
Os primeiros 45 minutos da semifinal entre Espanha e Alemanha foram um verdadeiro duelo de estratégias, com a seleção alemã se destacando pela consistência defensiva e disciplina tática. Enquanto as espanholas buscavam impor seu estilo característico de posse de bola e troca de passes curtos perto da área, as alemãs se mostravam preparadas para neutralizar a criatividade das adversárias.
A principal missão da equipe germânica foi conter as investidas pelo meio-campo, coração do jogo espanhol e, até então, o plano funcionava com perfeição. A seleção da Alemanha tentou explorar os espaços pelos lados, apostando em transições rápidas, mesmo com menos volume ofensivo.
Apesar do domínio da Espanha em número de finalizações – 11 contra apenas 2 das oponentes -, o placar permaneceu zerado graças à atuação impecável da goleira Ann-Katrin Berger. A jogadora brilhou sob pressão, protagonizando belas defesas, que impediram as rivais de abrir e ampliar o marcador. A cada investida espanhola, Berger surgia com segurança e reflexos afiados, freando tentativas de Putellas e companhia. Se a Espanha teve a bola, a Alemanha teve resistência e uma goleira precisa.
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Segundo tempo
Na volta do intervalo, o cenário se manteve: as Rojas com mais posse tentando encontrar espaços, e a Alemanha firme na proposta defensiva. Com um histórico de saber lidar com a pressão e atuar no limite da retranca quando necessário, as alemãs mostraram toda a experiência e maturidade tática do elenco. Sophia Kleinherne, pelo lado direito da zaga, foi um dos grandes destaques do segundo tempo.
Nos acréscimos, a seleção alemã protagonizou a jogada mais perigosa da partida: um chute que buscava o ângulo forçou uma defesa difícil da goleira espanhola, que rebateu e viu a Alemanha quase abrir o placar no apagar das luzes. Mas a recuperação da goleira foi rápida e impediu o que seria o fim do sonho de sua equipe de avançar às finais.
A Espanha, apesar do domínio com a posse de bola, não esperava enfrentar um sistema tão sólido e bem executado. Com o empate persistente e a tensão crescendo, o confronto seguiu para a prorrogação.
Prorrogação
Na prorrogação, as espanholas entraram em campo com ainda mais intensidade, conscientes de que aquele era o momento decisivo. Dominando o campo ofensivo, a Roja empurrou a Alemanha para trás e assumiu de vez o controle da partida. As adversárias, que passaram o jogo inteiro regulando sua força na defesa, ainda tentaram se aproveitar de alguns erros pontuais da Espanha, mas pecavam no momento crucial da finalização.
Até que brilhou mais uma vez uma das estrelas do torneio: a camisa 6 Aitana Bonmatí. Com frieza e muito talento, ela marcou o gol da vitória e garantiu a classificação da Espanha para a grande final da Eurocopa Feminina 2025, contra a poderosa atual campeã da competição, Inglaterra. A grande final acontecerá no domingo (27), às 13h (de Brasília), com transmissão da Cazé TV.