O último ano em que o Corinthians não conquistou o título do Campeonato Brasileiro Feminino foi em 2019, quando perdeu a final para a Ferroviária Feminina, nos pênaltis. Desde então, o time se transformou na maior potência do continente. Coleciona taças e escreve uma hegemonia inédita no Futebol Feminino. Mas o que mudou de lá para cá?
Como era o Futebol Feminino naquela época
Em 2019, o cenário do Futebol Feminino brasileiro ainda engatinhava em termos de estrutura e visibilidade. Poucos jogos tinham transmissão ampla. Os contratos de patrocínio eram tímidos e muitas atletas ainda precisavam dividir a rotina entre o esporte e outras atividades para complementar a renda. O Brasileirão Feminino, que hoje é referência, ainda lutava por espaço no calendário e nos noticiários.
O mundo em 2019: curiosidades que mostram o quanto mudou
E para se ter uma ideia de quanto tempo passou desde aquela derrota, basta lembrar de algumas curiosidades de 2019. Naquele ano, “Old Town Road” do Lil Nas X era a música mais tocada no mundo. E todos pareciam fazer dancinha com chapéu de cowboy.
“Vingadores: Ultimato” estreava nos cinemas e quebrava recordes de bilheteria, enquanto a internet estava em polvorosa discutindo se o vestido da festa era azul ou dourado. Até o aplicativo FaceApp, que envelhecia o rosto das pessoas, virou febre.
No futebol masculino, o Flamengo, de Jorge Jesus, encantava e conquistava a Libertadores e o Brasileirão no mesmo ano. As revelações Estevão e Yamal ainda tinham 12 anos, e não tinham ideia do que seriam no futuro. Já no Feminino, a Ferroviária surpreendia ao vencer o Corinthians nos pênaltis, em uma final histórica em Araraquara.
Naquela decisão, o técnico Arthur Elias escalou o Timão com: Lelê, Paulinha, Mimi, Pardal, Juliete, Erika, Gabi Zanotti, Giovanna Crivelari, Tamires, Millene e Vic Albuquerque.
Já a Ferrinha foi a campo com Luciana; Géssica, Andreia, Luana e Barrinha; Rafa Mineira, Rafa Andrade, Maglia e Carol; Nenê e Aline.
O salto do Futebol Feminino
De lá para cá, o Futebol Feminino deu um salto: transmissões em TV aberta e streaming se tornaram realidade. Clubes estruturaram departamentos exclusivos e a rivalidade entre as equipes cresceu. Mas ninguém conseguiu destronar o Corinthians, que ergueu os títulos seguintes e consolidou sua hegemonia.
A última vez que o Timão perdeu um Brasileirão foi em um Brasil onde muita coisa era diferente. Da música que tocava no rádio ao espaço que as mulheres tinham no esporte. Hoje, seis anos depois, o Corinthians segue escrevendo uma história impressionante. E que parece distante de ter um fim.