Antes do Campeonato Brasileiro Feminino A1 se consolidar como a principal competição do país, a Copa do Brasil de Futebol Feminino foi a grande vitrine da modalidade feminina no cenário nacional.
A competição foi criada em 1994 pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Contudo, entre os anos 2002 e 2005, o campeonato foi interrompido, retornando em 2006.
O retorno da Copa
A competição surgiu como uma resposta à crescente pressão por parte de clubes, jogadoras e da própria FIFA, que incentivava federações a desenvolverem ligas femininas estruturadas como parte do crescimento global da inclusão de gênero.
Nas edições recentes, o torneio reuniu 32 equipes de todo o Brasil, em um formato inspirado na Copa masculina, com partidas eliminatórias e um caráter nacional inédito até então. O torneio também começou a dar vaga para a Copa Libertadores Feminina.
A partir desse momento, os clubes tradicionais passaram a olhar com mais atenção para a modalidade. Santos com as lendárias Sereias da Vila, lideradas por Marta e Cristiane, conquistou os títulos de 2008 e 2009. O clube santista foi um dos protagonistas dessa era inicial da Copa, ajudando a atrair a mídia, torcida e com o tempo, cada vez mais patrocinadores.
Retrospecto das campeãs:
🏆1994 – Vasco;
🏆1995 – Vasco;
🏆1996 – Mato Grosso do Sul/ Saad;
🏆1997 – São Paulo;
🏆1998 – Vasco;
🏆1999 – Portuguesa;
🏆2000 – Portuguesa;
🏆2001 – Santa Izabel Saúde;
🏆2006 – Botucatu FC;
🏆2007 – Mato Grosso do Sul/ Saad;
🏆2008 – Santos;
🏆2009 – Santos;
🏆2010 – Duque de Caxias (em conjunto com CEPE-Caxias);
🏆2011 – Foz Cataratas FC;
🏆2012 – São José;
🏆2013 – São José;
🏆2014 – Ferroviária;
🏆2015 – Avaí/Kindermann;
🏆2016 – Audax/Corinthians.
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Em 2017, a CBF decidiu pausar a competição por, segundo ela, ter tido dificuldades em reformular o calendário do Futebol Feminino. Isso aconteceu porque houve a expansão do Campeonato Brasileiro A1. Além disso, o Brasileirão passou a dar uma vaga na Libertadores para o primeiro e segundo colocado, o que causou um conflito de prioridades e de importância entre os torneio caseiros.
A volta após um hiato de oito anos
A ideia da retomada surgiu dentro do novo contexto de fortalecimento do futebol feminino no Brasil, especialmente após a Copa do Mundo de 2023 e o crescimento expressivo do Brasileirão, além da visibilidade midiática e do interesse das torcidas.
O retorno da Copa do Brasil, em 2025, busca ampliar o número de clubes participantes do futebol feminino profissional, incluindo representantes de mais estados, fortalecendo a regionalização da modalidade e oferecendo uma nova vitrine para jogadoras fora do eixo tradicional.