Comemorado em 28 de junho, o Dia do Orgulho LGBTQIA+ marca a resistência e a busca por respeito, igualdade e visibilidade para pessoas da comunidade. No Brasil, onde a violência contra pessoas LGBTQIA+ ainda é preocupante, o orgulho segue sendo um ato de coragem.
No futebol, essa luta também está presente — especialmente no feminino, onde jogadoras, torcedoras e profissionais têm levantado a bandeira da diversidade. Um exemplo disso é o São Paulo, que, dentro e fora de campo, tem mostrado o respeito às diferenças e buscar inclusão.
Além do esporte, o Tricolor se destaca por abraçar pautas sociais importantes, como o combate à LGBTfobia. A presença de atletas abertamente LGBTQIA+ e o apoio do clube em campanhas de conscientização reforçam a mensagem de que o futebol pode — e deve — ser um espaço seguro para todos.
“No Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, o São Paulo lembra que respeito não é uma opção, é um dever de todos. Que a intolerância dê espaço para a consciência, e que a discriminação dê espaço para a paz. Só assim, seremos uma sociedade para nos orgulhar.#SPFCporTodos #DiaInternacionalDoOrgulhoLGBTQIA+”, declara o perfil do instagram do São Paulo Feminino.
Ambiente acolhedor do Futebol Feminino
Em entrevista para a ESPN Brasil, a lateral esquerda, Bia Menezes, falou sobre o ambiente do futebol feminino. “Eu acho que nós mulheres, nós temos um ambiente muito mais acolhedor do que o homem, né? O homem é aquela coisa mais machista, realmente, a gente sabe que homem tem aquela coisa, nossa, eu sou homem mesmo, né? Nossa, esse negócio, eu gosto de mulher, esse negócio”.
E cita um caso no próprio futebol masculino. “Então a gente sabe que existe esse preconceito, a gente sabe que dentro do ambiente masculino, o Richardson é a prova viva de que ele não conseguia se assumir de forma alguma por conta do ambiente. Então, era um baita jogador, tem uma história muito linda no São Paulo, e ele não conseguia ser ele”.
“Imagina você viver num ambiente e você se sentir oprimido o tempo inteiro, durante toda a sua carreira, você não poder ser você e as pessoas te julgarem por isso. E no futebol feminino é totalmente diferente, A gente se acolhe muito, a gente se apoia, a gente tem uma rede de proteção que é ali, a gente se protegendo mesmo. E se acontecer alguma coisa, gente vai comprar abrigo de uma da outra, porque a gente não quer viver oprimida a vida inteira”, comenta a jogadora do São Paulo.
“A gente demorou tanto tempo para conquistar o nosso espaço, por que a gente vai voltar por um armário que a gente não quer estar?”, finaliza Bia.